Quando é que há eleições?
Desculpem, mas neste cinema de reprise em que se tornou o Sporting Clube de Portugal, assim uma espécie de Olímpia dos anos oitenta, este filme está mais que repassado e esteve em cartaz no final da época passada, com lastimáveis resultados de bilheteira.
Se alguém tem esperança que a reposição do filme em cartaz terá desfecho diferente, desengane-se.
Estivesse lá o bombeiro de serviço, e à matiné já não teria havido projecção.
Há algumas diferenças? Provavelmente. Por exemplo a sinopse desta versão não é publicitada nos classificados, nem é publicada crítica nos locais da especialidade.
Sim, a última sessão foi uma tragédia, ao ponto de se partir a fita várias vezes durante a exibição, o que denota uma cópia velha, gasta, sem força para suster o ímpeto da máquina. No entanto, teria sido caso para descartar, em véspera de digressão pela província e até uma exibição extra no estrangeiro, uma película que sabíamos ter os dias contados? Sinceramente não sei, eu que assisti em sessões contínuas ao saltitar da imagem no ecrã e até a esta última em diferido e não gostei nada, confesso.
Bom, resta-nos a esperança que o realizador acompanhe o filme nas deslocações agendadas (ao contrário do passado recente) e que encontre um projeccionista à altura, que película tão remendada precisa de alguém que a cole com pinças. É que pode não parecer, mas está aqui em causa a sua condição de Coppola e pode estar a aproximar-se o Apocalipse. Now ou daqui a poucos meses.