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És a nossa Fé!

Quando apenas se ambiciona o empate

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Espero que mais logo a equipa das quinas faça bem melhor, na recepção à turma da Sérvia, do que fez na quinta-feira, em Dublin. Lamento a paupérrima exibição no empate a zero frente à da Irlanda, tanto mais que o meio-campo era "leonino": Palhinha e Matheus Nunes reproduziam na selecção a habitual dupla do nosso onze titular, tendo pela frente Bruno Fernandes, que mesmo no Manchester United continua a respirar Sporting por todos os poros.

Não funcionou. Fernando Santos mandou descansar os jogadores à bica do terceiro amarelo (menos Palhinha, que escapou à sanção nesta partida, mantendo-se apto a defrontar os sérvios) e assim transmitiu a mensagem errada aos jogadores, aliás reproduzida na conferência de imprensa após o desafio: tanto fazia vencer por cinco como empatar a zero, o pontinho bastava. Como se não estivesse em causa a reputação do emblema das quinas, que subiu ao posto mais elevado do pódio no Campeonato da Europa de 2016 e na Liga das Nações em 2019. Convém não esquecer que somos uma das quatro selecções do continente que neste século ainda não falhou uma fase final do Euro ou de um Mundial.

 

Espectáculo deprimente, pois. Bruno - lamento reconhecer - jamais consegue na selecção o nível de virtuosismo e de eficácia alcançado nos clubes que tem representado. André Silva, outra nulidade com a camisola das quinas - talvez por ter que jogar a extremo. Um tal Rafael de erróneo apelido Leão, entrado aos 56' e saído aos 83', parece ter calçado só por afronta ao Sporting: mal tocou na bola. João Félix, em campo desde o minuto 75, evidenciou no batatal irlandês a gloriosa mediocridade que tem exibido no Atlético madrileno. 

Danilo adaptado a central na selecção não lembra ao careca, havendo o campeão europeu José Fonte no banco. Dez jogadores de campo sem um só esquerdino é outra aberração: dos onze que entraram de início, apenas Rui Patrício joga com o pé canhoto.

Pepe, ainda pior: sofreu um apagão mental como se tivesse apenas 18 suaves primaveras e fez-se expulsar de modo infantil. Parecendo ter medo de defrontar hoje a Sérvia. Comportamento inqualificável manchando o dia em que o central portista se tornou o jogador mais velho de sempre a vestir a camisola da selecção nacional, com 38 anos, oito meses e 16 dias. Ultrapassando por 13 dias a anterior marca, de Vítor Damas.

 

A Irlanda jogava só pelo brio, tentando cair de pé já sem a menor hipótese de qualificação para o Mundial do Catar. Com futebolistas de nível muito inferior aos nossos: basta lembrar que dois dos onze que alinharam de início actuam na terceira divisão lá do país. 

Mesmo assim foi deles a melhor oportunidade para desfazer o nulo. Aos 26', num remate de Callum Robinson, com Rui Patrício a voar para evitar o golo. Dos portugueses, só o guarda-redes merece nota positiva. Desta vez nem acompanhado por Cristiano Ronaldo, que teve duas oportunidades de marcar, perto do fim: na primeira, cabeceou a rasar o poste; na segunda, rematou de ângulo apertado, permitindo a defesa. 

É verdade que passámos a liderar o nosso grupo de apuramento para o Mundial e apenas dependemos de nós. No entanto, há que fazer muito melhor frente aos sérvios, logo à noite, para garantir o apuramento. Basta um empate, como disse Fernando Santos. Mas a maneira mais estúpida de perder, muitas vezes, é mesmo essa: quando se joga só para o pontinho.

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