Post (pessoal) em tempo real
Quem me conhece sabe que se existe uma coisa que me faz ganhar o dia é, além de um bom livro, uma boa partida de futebol. Estava eu sozinha, posta em sossego no sofá, não sem antes ter feito um inventário das possibilidades de o Sporting vencer o Schalke 04 na Alemanha, quando o pai das filhas me diz com toda a tranquilidade: “vamos conversar”? Ai os dilemas que o ser humano enfrenta. Eu que até sou uma pessoa serena, provida de paciência e sensibilidade começo a escutá-lo, dividindo a atenção entre o jogo e a troca de palavras, bem isto até o Nani marcar o primeiro golo. Depois, uma mulher é um ser complicado e contraditório, o pai das minhas filhas que me perdoe a mácula no currículo: mas que homem é que quer “conversar” durante um jogo de futebol e em particular do Sporting? É ter o mesmo sentido de oportunidade do que contar uma (má) anedota num funeral. Pior que isso só a minha irmã que me envia a seguinte mensagem:”mas quem é que está a jogar?” Há alturas, leia-se quando o jogo está 3 a 3 e o árbitro marca nos descontos um pênalti inexistente contra o Sporting, em que uma mulher não quer conversar. E não é por se achar o último biscoito do pacote como dizem os brasileiros, mas por recear empregar um vocabulário menos adequado (que faria corar de vergonha os marinheiros do porto de Lisboa). É evidente que o meu caso é para um psiquiatra.
PS- O Sporting foi enorme neste jogo e pôr um russo arbitrar este jogo é como colocar uma raposa a guardar galinhas.