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És a nossa Fé!

Porque falhou João Pereira?

Penso que ninguém no Sporting percebeu muito bem na altura porque falhou João Pereira de forma tão clamorosa como sucessor de Rúben Amorim.

Primeiro, porque era público e assumido que ele estava a ser preparado para sucessor. O próprio Rúben Amorim o tinha revelado, ainda há pouco tinha feito parte do plantel, era conhecido de quase todos e de certeza amigo de alguns.

Segundo, porque estava a replicar na equipa B com sucesso o mesmo modelo de jogo de Amorim, com algumas nuances é certo, de onde podiam sair como saíram novas caras para a equipa A.

Terceiro, porque estava motivado e era-lhe reconhecida aquela raça que podia fazer esquecer o Rúben, empolgar o plantel e conduzi-lo aos sucessos.

Tudo saiu ao contrário. A derrota pesada com o Arsenal minou-lhe a confiança, colou-se a ele e confundiu a equipa, tentou vencer com a sua cabeça e deixar a sua marca, as lesões sucederam-se e aconteceram duas derrotas seguidas que destruiram a vantagem adquirida na Liga. 

Logo a seguir, Frederico Varandas, na gala dos Stromps, deu o sinal de que o reinado do João Pereira estava por dias. O empate em Barcelos pôs ponto final na questão.

 

Nas recentes entrevistas, vários jogadores do Sporting vieram agora tentar responder à questão. Daniel Bragança terá sido o mais assertivo.

Disse ele:

«Com a saída do míster, as coisas começaram a abanar um bocadinho, perdemos dois jogos, andámos um bocadinho a desconfiar de nós, mas conseguimos aguentar o barco e seguimos em frente. A verdade é que as coisas começaram a melhorar outra vez e conseguimos ser campeões.»

Não me lembro de equipas que, a meio da época, fiquem sem treinador por as coisas estarem a correr muito bem. Às vezes, quando as coisas correm mal, vem outro treinador e tudo passa a correr melhor. Aqui foi diferente: o choque foi outro. Perdemos um treinador que estava há cinco épocas, que mudou a história e a vida do Sporting. Foi um choque para nós. Aceitámos e compreendemos.

Ficámos um bocado desemparados, sem saber bem o que estava a acontecer, com dúvidas sobre como seria sem ele. A verdade é que depois de tantas saídas importantes - o Seba (Coates), o Paulinho, o Adán, que eram capitães, o Neto também... - o grupo abanou um bocadinho. E Amorim, no início do ano, fazia o papel de treinador e de capitão. Nunca sentimos a falta disso até ele sair. Quando vai embora, o grupo abana, e tivemos de puxar mais por nós. Morten (Hjulmand) foi importante nisso. Acho que nem foi tanto por causa do João Pereira que as coisas começaram a correr mal, acho que o nosso psicológico abanou um bocadinho.

Lesões atrás de lesões, perante a vontade de contrariar os acontecimentos, também não foram ajuda.

Tudo começa a ser uma bola de neve. Mas a verdade é que, quando o míster Rui Borges chega, trouxe-nos a calma, serenidade e a confiança de que o grupo precisava naquele momento. Chegou na hora certa. Não teve uma vida fácil (...), conseguiu superar todas as dificuldades que teve ao cair aqui de chapa e tem muito mérito neste campeonato. Apareceu na altura certa, quando o grupo mais precisava, e as coisas correram muito bem porque ele fez muito bem o trabalho dele e tem muito mérito nesta conquista.»

 

Assim ficou tudo mais claro.

No fundo, Rui Borges foi o  "padastro" amigo e confidente que ajudou a equipa ultrapassar o abandono súbito do "pai", enquanto João Pereira foi apenas um "parente próximo" que apareceu para ajudar.

SL

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{ Blogue fundado em 2012. }

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