Por imperativo de cidadania
As caixas de comentários deste blogue são testemunhas fidedignas do que vou escrever.
Desde sábado, vários adeptos do Benfica atreveram-se a vir aqui celebrar o assassinato de um cidadão italiano adepto do Sporting, morto cobardemente por um indivíduo pertencente aos NN (neonazis) e já referenciado por crimes de tráfico e roubo.
Uma dessas bestas, por exemplo, gabou-se de estar a comemorar o homicídio com champanhe.
Outra vangloriou-se por o infeliz italiano ter sido "passado a ferro".
Fiz chegar hoje mesmo à Polícia Judiciária estas provas documentais, para os devidos efeitos.
Tomei esta decisão por imperativo de cidadania.
Por serem manifestações de barbárie, pura e dura. Demonstrando clara conivência com o homicídio cometido junto à rotunda Cosme Damião, incentivando novas práticas criminosas.
Não pode haver equidistância entre a barbárie e a não-barbárie.
Não pode haver tolerância perante as ruidosas manifestações de apoio aos assassinos. Que dinamitaram o minuto de silêncio que antecedeu o Sporting-Benfica de sábado imitando o som de very lights e mandando os adeptos leoninos "atravessar na passadeira".
Depois disto, fica traçada uma linha fronteiriça ainda mais evidente entre quem merece estar no desporto e quem deve ser alvo de duras penas por estar a transformar o futebol português num sítio infrequentável.
Não poupemos nas palavras: há neste momento quem tenha as mãos manchadas de sangue. E quem não se demarcar disto sem ambiguidades torna-se cúmplice moral dos crimes.