Ponto da situação
Foco máximo do presidente leonino: reunir verba suficiente para pagar daqui a cerca de um mês o empréstimo de 30 milhões de euros, acrescido de juros, a quem confiou no Sporting. Essa verba depende, em parte considerável, dos acordos que conseguir entretanto estabelecer com os clubes onde agora se encontram os jogadores que em Junho rescindiram unilateralmente os contratos que os vinculavam a Alvalade: Atlético de Madrid (Gelson Martins), Olympiacos (Podence) e Lille (Rafael Leão). Há também que assegurar o cumprimento dos novos prazos de pagamento entretanto estabelecidos com os clubes que nos forneceram jogadores como Acuña, Battaglia e Raphinha.
Tudo isto sabendo que ficámos fora da Liga dos Campeões e das quantias milionárias que este certame proporciona a quem nele participa. Sabendo também que não temos acesso a outro financiamento extraordinário, pois durante a presidência de Bruno de Carvalho já foram gastas por antecipação as receitas correspondentes a dois anos da vigência do contrato com a operadora NOS - e que contribuíram para despesas superiores a 100 milhões de euros só na época passada, entre futebol profissional e modalidades.
Este é o ponto da situação, com motivos mais do que suficientes para preocupar-nos. Alguns sócios, adeptos e simpatizantes do Sporting preferem discutir a permanência da actual equipa técnica. Acontece que Frederico Varandas tem prioridades mais imediatas. É a vida, como dizia o outro.