Paulinho ainda nos vai dar muitas alegrias
Texto de Leão do Algarve
Falamos de ter ADN Sportinguista quando nos referimos à nossa resiliência e à nossa forma de contornar desafios. Mas infelizmente também faz parte do nosso ADN esta tendência para a autoflagelação e não saber valorizar o que é nosso. Paulinho, quer queiram quer não, chegou a uma realidade completamente diferente, chegou a um clube com um nível de exigência muito superior ao que estava acostumado no anterior clube. Não é com nove ou dez dias de Sporting que iria começar a jogar como se cá estivesse há nove ou dez meses.
Não esteve muito tempo a ser treinado por Rúben Amorim aquando da passagem pelo Braga, por isso os processos não estão assim tão bem assimilados. Até porque de Braga para o Sporting de certeza que houve nuances de um sistema para o outro.
[Ele] tem de interiorizar ainda muita coisa, seja a forma de jogar da equipa ou a própria forma de jogar dos colegas dentro do sistema de jogo.
Aliás, este jogo em Barcelos foi a prova de que o Sporting não está acostumado a [ter] uma referência na área, como é o caso agora com a inclusão de Paulinho no onze. Quando tudo estiver mais oleado o papel dele vai-se tornar mais preponderante...
Paulinho não é Mário Jardel, não vai marcar 40 golos por época. Mas, bem entrosado na equipa, pode aportar 40 golos ao conjunto.
É com esta ideia que Rúben Amorim deve ter insistido tanto na aquisição deste ponta de lança. Vamos aguardar pelo desenrolar do que falta do campeonato e observar a progressão da equipa com Paulinho no onze. Tenho esperança de que [ele] ainda nos vai dar muitas alegrias.
Texto do leitor Leão do Algarve, publicado originalmente aqui.