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És a nossa Fé!

Para construir um plantel competitivo

Texto de Pedro Sousa

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Veremos como ficará o futebol profissional pós-pandemia.

Há 10-15 anos, Portugal (essencialmente Porto e Benfica) encontrou uma fórmula muito válida de sermos competitivos na Europa do futebol: contratar grandes promessas, essencialmente do futebol brasileiro e argentino, que se valorizavam por cá, sendo depois vendidos por valores importantes para os colossos endinheirados da Europa.

Mas com a escalada dos valores pagos por jogadores feitos e já adaptados à Europa, os grandes clubes europeus passaram a recrutar jovens valores na América do Sul. Política desportiva bem visível no Real Madrid.

É impossível a qualquer clube português pagar 20 milhões de euros, ou mais (que já se pagam), por atletas como Reinier, Vinícius Júnior, Rodrygo, Arthur, Paquetá, Paulinho, Martinelli, Lautaro Martinez e Gabriel Jesus, entre outros.

Como, então, podemos construir um plantel competitivo e em simultâneo capaz de gerar mais valias económicas?


1. Ter alguém à frente do futebol profissional (director desportivo) com vasto conhecimento do mercado e bem relacionado.

2. Reforçar a aposta na formação e segurar os jovens de maior qualidade.

3. Com excepção das oportunidades (mais-valias evidentes), contratar com critério e exclusivamente o que faz falta, dentro do modelo de jogo do treinador. (Na época 2020, o Flamengo, que está tão em voga, em oito contratações acertou em... oito titulares).

4. Ter meia dúzia de jogadores com muitos anos de casa, com carácter, líderes, que ajudem na integração de quem vem de fora e que ajudam a gerir o grupo. Os não-transferíveis.

5. Na América do Sul, principal viveiro de bons jogadores por metro quadrado no mundo, existem muitos clubes com a corda na garganta. Actuar rápido e de forma decidida pode-nos permitir chegar antecipadamente a bons jogadores e com valores ainda em conta.

6. Olhar com atenção para os muitos jovens contratados pelos grandes europeus, que não vingaram, mas que poderiam ter aqui um bom espaço para se afirmarem. Até num Sevilha existe um Ronny Lopes, que entre nós seria um craque e lá está totalmente encostado. Um empréstimo com opção de compra de 10 milhões de euros talvez fosse possivel. Já o atleta teria tudo a ganhar. Jogaria num clube grande, projectar-se-ia e muito provavelmente chegaria à selecção com a camisola do Sporting.

7. Quando chegar a hora de transferir um atleta, perceber onde está o auge da sua valorização entre nós e não perder oportunidades, algo que sempre aconteceu no Sporting.

8. Com dinheiro nas mãos, ter os pés bem assentes na terra e, em vez de contratar por contratar, manter sempre o plano original. Contratar com critério e apenas o que nos faz falta.

9. Adquirir atletas com um determinado perfil.. Profissional e sedento de vitórias.


PS:
Estou em crer que o futebol profissional voltará a breve trecho, independente da pandemia, ainda que com estádios vazios.

As operadoras televisivas não vão disponibilizar os contratos assinados se não houver futebol na TV. Em consequência, os clubes não terão como pagar os ordenados aos seus atletas, entre outras obrigações.

Pelo lado dos atletas (e aqui cada caso é um caso), sabem que são uns privilegiados pela profissão pois têm acompanhamento médico que nenhum outro cidadão tem. Alguns ganham muito bem para fazerem o que gostam. E se num primeiro momento todos clamavam por paragem e isolamento, acredito que muitos deles já estão saturados e desejosos de voltar ao activo.

Se calhar, podermos ver uns joguitos no sofá é a melhor terapia para enfrentar o coronavírus.

O mundo não deve parar. Não pode é haver egoísmo nem a irresponsabilidade a que vamos assistindo aqui e ali.

 

Texto do nosso leitor Pedro Sousa, publicado originalmente aqui.

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