Para baixo, todo o Santos ajuda
A selecção joga mais ou menos o mesmo do que jogava com Paulo Bento. A diferença é que agora ganha. Não deve ser só sorte: a selecção da Grécia de Fernando Santos jogava mais ou menos o mesmo do que a selecção de Portugal de Fernando Santos, e também ganhava bastante. Não há dúvidas de que a nossa selecção tem uma filosofia. Essa filosofia pode resumir-se numa fórmula razoavelmente complexa: mete no Ronaldo que ele resolve. Foi assim no sábado: uns charutos lá para a frente e o rapaz a inventar dois golos espectaculares.
Quando se fala de selecções, há sempre aquele momento em que alguém lembra que seleccionador nacional não é treinador. Fernando Santos ilustra o caso na perfeição. Ele, de facto, limita-se a escolher os jogadores. Como eles jogam depois, isso é lá com eles. Vendo bem, se resulta, porque se há-de-mudar? E é mesmo capaz de ser melhor: mexer em qualquer coisa ainda estragava.