Bom dia Pedro. Daquilo que estamos a ver, os jogadores e treinadores estão a ter mais consciência social do que as federações, reféns da FIFA. Creio que se há um ano atrás, digamos, os jogadores tivessem apelado a um boicote total a este teatrinho dos horrores que é o Mundial do Catar, talvez não se tivesse realizado. E é um mundial atípico: crise económica mundial, recém saídos de uma pandemia, guerra a uma escala quase global, tensão social no Irão, crise ambiental...o futebol, desta vez, não vai conseguir escapar à realidade do nosso mundo. Ainda bem, digo eu!
Ao contrário do que alguns agora uivam, a atribuição - corrupta - do Mundial de 2022 ao Catar foi contestada desde o início, em 2010. Não apenas por organizações não-governamentais, como a Amnistia Internacional, mas até por entidades ligadas ao desporto. Por não fazer o menor sentido desagregar o calendário habitual das competições desportivas na Europa, como acontece agora, por implantar um conjunto de estádios algures no deserto, em flagrante violação das normas ambientais, por se desenrolar num país sem a menor tradição futebolística e onde esta modalidade desportiva não suscita interesse. E também por ser um país que aplica a chária, lei islâmica brutal, sem separação entre o Estado e a religião islâmica (xiita), e reprimir os direitos das mulheres e dos imigrantes (estes, espantosamente, constituem cerca de 90% da população do emirado).
Quando eu cresci aprendi que desporto e politica não se misturava..... foi assim que nasceu a ideia dos jogos olimpicos, por forma a que o Mundo pudesse durante um determinado periodo de tempo distrair-se das dificuldades da vida e divertir-se com a competição do desporto. Relembro que no tempo em que cresci tivemos vários confrontos entre EUA e União Soviética, e parece-me a mim que é precisamente nos momentos em que os paises estão em confronto tanto de politicas como de ideias, que é essencial respeitar o desporto e não misturar com politica. Um exemplo disso é o futebol português que não tem conotações politicas, ao contrário de Espanha, onde politica e futebol se misturam. O Irão é uma ditadura islâmica é verdade..... mas a Venezuela é uma ditadura comunista..... China é uma ditadura capitalisto-comunista......Marrocos é uma monarquia absolutista...... Não é só o Irão que despreza os direitos humanos, são todos estes paises com os quais fazemos negócios e temos investimentos..... se querem idignação, então tem de ser constante e não quando dá jeito.
Desporto e política não se combinam? De que nave espacial acaba você de desembarcar? Se já tem os pés na Terra, dedilhe no google e verá fotos do 'rei' Eusébio abraçado a Salazar, que se serviu dele para "mostrar ao mundo" que Portugal era um país multirracial, reforçando os dogmas do regime, e o Estado Novo produzia "equipas vencedoras".
A política usar o futebol sim.... mas o futebol meter-se na política não. Eusebio não era apoiante do Estado Novo era apenas um jogador de futebol, e é assim que ficou na História. Nunca ouvi uma opinião política do Eusébio e é assim que deve ser. Dou o exemplo de um jogo de futebol na 1a guerra mundial no dia de Natal onde suspenderam a guerra nas trincheiras.... a verdadeira dimensão do desporto é estar acima da política.
Morreu o Salazar acabou a hegemonia do Benfica alguns anos depois apareceria o “Salazar” do norte Pinto da Costa e começou a hegemonia do Porto assim fica difícil o Sporting ganhar mais campeonatos 👎
Essa dos jogos olímpicos fez-me lembrar a história do negro americano nos jogos olímpicos de Berlin a dar “banho” ao Hitler com várias medalhas de ouro vencendo os arianos louros e altos Política?👎👎👎