Palhinha, o patrão
Há talento nesta equipa do Sporting: Pedro Gonçalves, Nuno Santos, Pedro Porro, João Mário acrescentaram muita qualidade ao plantel leonino. Não que essa qualidade não existisse na época passada: Raphinha, Wendel, Acuña, Bas Dost, Mathieu e, acima de qualquer outro, Bruno Fernandes eram jogadores muito acima da média e dos melhores que passaram por Alvalade nos últimos anos. Mas, quase todos, viveram o ataque de Alcochete e ficaram, certamente, marcados pelo que então aconteceu.
No entanto, quando olho para este equipa, o nome que me salta imediatamente à vista é o de João Palhinha. Desde que o vi jogar pela primeira vez na equipa B que achei que seria o homem que iria substituir William de Carvalho no centro do meio-campo da equipa. Não se conseguiu impor e, creio, também não lhe deram as oportunidades que merecia. Apesar de tudo, é hoje, creio, absolutamente indispensável para os equilíbrios de uma equipa que ataca bem melhor do que aquilo que defende. Para mim, tem sido o grande destaque deste início de campeonato.
Por agora, parecem existir razões para sorrir. Vamos em primeiro lugar e as últimas vitórias quase que nos deixam sonhar. Mas não tenhamos ilusões. Só agora o campeonato começou e a equipa tem muitas fragilidades, sobretudo na zona defensiva. Feddal não me encanta e Neto, bem, de Neto prefiro nem falar. Talvez Quaresma possa ter uma oportunidade, embora não resolva o problema para uma equipa que tem muitas dificuldades em sair a jogar a partir da defesa. Vamos ver, pode ser que possamos ter uma boa surpresa no final do ano.