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És a nossa Fé!

Os sete pecados de Fernando Santos

Liga das Nações: Portugal, 0 - Espanha, 1

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Bastava-nos um empate para chegar lá. Às meias-finais da Liga das Nações, que já conquistámos em 2019. Recebíamos a Espanha em Braga, entre o nosso público. Os espanhóis vinham muito afectados por uma derrota em casa frente à Suíça e precisavam de vencer para seguir em frente.

"Bastar um empate" funciona como maldição para nós. E como pretexto para Fernando Santos montar a sua tão apreciada táctica do ferrolho - com jogadores sem vocação para tal - à espera do sempre ansiado deslize alheio para cumprir os mínimos.

Podia ter acontecido por três vezes ainda na primeira parte, que terminou empatada a zero. A segunda, com o mesmo onze intocável até ao minuto 72' (Diogo Costa; Cancelo, Danilo, Dias, Nuno Mendes; William, Rúben Neves, Bruno Fernandes; CR7, Bernardo, Diogo Jota), foi péssima: concedemos dois terços de terreno e toda a iniciativa aos espanhóis, que marcaram aos 88', por Morata. Sentenciando a partida e a eliminatória.

Estarão nas meias-finais da prova, em Junho de 2023, com Croácia, Holanda e Itália. Nós tivemos o pássaro na mão e deixámo-lo voar. Por falta de ousadia, de rasgo, de atitude.

 

Seguem-se os sete pecados de Fernando Santos.

 

Primeiro. Ir recuando no terreno, concedendo iniciativa de jogo à Espanha - uma das selecções do país vizinho menos fortes dos últimos anos, alvo de contestação dos seus adeptos, e que vinha de uma derrota em casa frente à Suíça.

Segundo. Assistir impávido às perdas de bola dos nossos frente à baliza espanhola sem tomar a iniciativa de introduzir mudanças na dinâmica ofensiva para redobrar as oportunidades. Rúben Neves (23'), Diogo Jota (23') e Bruno Fernandes (38') tiveram os golos nos pés, mas foram incapazes de a meter lá dentro.

Terceiro. Mandar a selecção recuar na segunda parte, remetendo-a ao meio-campo defensivo, para "segurar o resultado". Manobra táctica de equipa pequena, frente à turma espanhola, que só fez o primeiro remate enquadrado aos 70'.

Quarto. Manter Palhinha no banco. Se a prioridade máxima era bloquear os caminhos para a nossa baliza, tornou-se incompreensível manter um William a meio-gás e deixar o nosso médio defensivo a ver o desafio sentado entre os suplentes.

Quinto. Esperar até aos 73' para mexer na equipa. Bernardo Silva, novamente sem préstimo na selecção, andou a fazer inúteis reviengas no relvado até finalmente receber ordem de saída. Demasiado tarde.

Sexto. Tocar na tecla da pausa em vez de accionar o acelerador. Incompreensível, a entrada de João Mário por troca com Bernardo quando ainda havia 20 minutos para disputar e precisávamos de um criativo para o contra-ataque, aliviando a pressão espanhola, e não de quem a segurasse no meio-campo.

Sétimo. Cristiano Ronaldo não pode cumprir a pré-época que deixou por fazer no United - onde até agora só marcou uma vez, de penálti - como titular da selecção. Sem dinâmica, sem golo, devia ter saído. Como saiu Sarabia, ontem muito apagado, logo aos 60', na selecção espanhola. Permitir a existência de intocáveis é um dos pecados do seleccionador. Terá de cumprir penitência por isto.

6 comentários

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    Pedro Correia 28.09.2022

    Não misturo jogos diferentes de modalidades diferentes com responsabilidades diferentes em dias diferentes.
    Não faz o menor sentido.
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    Luís Barros 28.09.2022

    Dias diferentes? Não. No mesmo dia. Eu também não misturo. Primeiro vejo os jogos do Sporting e depois, se tiver tempo e pachorra, é que vejo os jogos dessa coisa que chamam seleção, treinada(?) por um incompetente que só teve sucesso num clube onde ninguém é preso e que têm tido a sorte de contar com o maior número de melhores jogadores que um selecionador nacional poderia desejar.
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    Pedro Correia 28.09.2022

    Isso não faz o menor sentido nem tenho pachorra para essa conversa do tipo "eu apoio o Sporting e não a selecção".
    Como se fossem coisas antagónicas.

    Geralmente quem diz isso costuma berrar contra os seleccionadores por não convocaram jogadores do Sporting
    Sem sequer reparar como entra em contradição.

    Eu tanto aplaudo o João Matos ou a Patrícia Mamona ou o Jorge Fonseca no Sporting como na selecção. Estabelecer fronteiras entre uma coisa e outra é um absurdo. Que deriva da clubite maus doentia, que nunca tive nem jamais terei.
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    Luís Barros 28.09.2022

    Deve estar a confundir os berros com outros, porque até pedi a todos os "santinhos" para que nenhum jogador do Sporting fosse convocado. Portanto, meu caro, essa afirmação não me "belisca". Clubite aguda também é algo de que não padeço, agora, tenho idade e liberdade para escolher o que quero ver e se tiver de escolher, como aconteceu ontem, escolho sempre os jogos do meu clube, o Sporting Clube de Portugal. Tal como não padeço de clubite aguda também não sofro de cegueira selecionada e mantenho sempre a minha opinião sobre o indivíduo que foi contratado e é principescamente remunerado para representar dignamente Portugal. Mas como só o contrato até 2024 é que lhe interessa, para mim continua a ser um mediocre que teve a sorte de apanhar uma geração do melhor que já se formou futebolisticamente em Portugal. E pode ter a certeza que não mudo a minha opinião mesmo que vença o Mundial, tal como não mudei de opinião em relação a um treinador que passou pelo Sporting e que ajudou a afundar ainda mais o Clube. Como diz Amorim, mantenho a minha coerência.
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    Pedro Correia 28.09.2022

    Coisa estranha.
    Alguém que diz nada querer saber da selecção acaba de deixar aqui o terceiro comentário num texto em que só falo da selecção.
    Que faria se tivesse um interesse mínimo pela selecção...
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