Era de prever. Ninguém vaticinou o medíocre zero-zero final no dérbi lisboeta de sábado à noite. Chegou a haver até previsões de goleada, por parte dos mais optimistas, mas infelizmente confirmou-se a tradição: este Sporting 2017/18 foi incapaz de ganhar ao SLB, ao Porto ou ao Braga para o campeonato.
Não sei qual é a vossa opinião. Eu fico chateado. Muito.
3 comentários
Anónimo 07.05.2018
Caro Tearjerker Não sou nem nunca fui fã de Jorge Jesus e por isso concordo com as criticas que faz aos erros capitais do treinador.
1. Gestão do plantel. Ao fim de três épocas o treinador não conseguiu montar um plantel equilibrado apesar do avultados investimentos feitos como nunca no nosso clube. Jesus como gestor de plantel vale zero e a sua "reabilitação" surge apenas depois de surgir como o "bombeiro". depois do ambiente incendiado pelo presidente. Vamos a factos. Teo, Markovic, Alan Ruiz, Campbell, Barcos, André, Ruben Ribeiro, Doumbia e até mesmo o regresso de Montero foram erros crassos em que nada ajudaram a equipa, antes pelo contrário. Ora bem, em 9 avançados nenhum conseguiu impor-se na equipa, nem mesmo como suplente. Se, como afirma o treinador, o Sporting quando entra numa competição é com o intuito de vencer e chegar até ao fim, o que se têm visto é uma gestão de plantel completamente errada e típica de um treinador de meio da tabela sem capacidade técnica-tática e muito mal habituado às facilidades que teve da "estrutura" do clube anterior.
2. A falta de qualidade e definição dos jogadores da frente resulta da opção de adaptar os jogadores a um sistema errado e não adaptar o sistema às qualidades e características dos jogadores. Ao contrário do que muitos defendem, não creio que o Gelson tenha evoluído muito mais com Jorge Jesus. Embora esta tenha sido uma das épocas mais produtivas do jogador, há erros e manias que neste momento já deveriam ter evoluído ou desaparecido. Correr muito e fintar não são sinónimos de maior produtividade e Gelson não consegue largar esses defeitos, tal como não conseguiu evoluir em centrar com critério para a área. No sábado passado quem esteve no estádio certamente conseguiu ver a evolução que a equipa adversária fazia nas laterais, em que a triangulação e a rapidez de demarcações conseguiu inúmeras vezes criar-nos imensos problemas defensivos, algo que que nós nunca conseguimos fazer, sempre com um jogo empastelado, lento, sem demarcações e completamente previsível, onde muitas vezes os laterais e os extremos se atrapalham mutuamente.
3. Bas Dost é realmente um jogador de exceção, tal como é o Bruno Fernandes, mas sozinhos no ataque não conseguem em todos os jogos fazer milagres. Um ataque de um candidato ao titulo em que 90% dos golos são marcados por 3 jogadores não pode aspirar a grandes voos. Em muitos jogos vi Bas Dost rodeado por 3 defesas. Como é possível querer-se marcar golos quando isso acontece? Muito raramente conseguimos numa jogada de ataque ver mais do que 2 ou 3 jogadores do Sporting na área adversária, algo que não acontece com as equipas que se querem vencedoras. Aqui fica marcada a estratégia de equipa pequena que o treinador usa e abusa e este apregoa que aprende muitas táticas com o basquetebol, então devia de aprender que uma das regras básicas desse magnifico desporto é o passe e corte, elemento chave de mobilidade para um ataque eficaz.
Espero, muito sinceramente que Jorge Jesus não continue mais uma anos a queimar jogadores , milhões e a nossa paciência.