Os jogadores de Varandas (3)
BORJA
O que dizer de Cristián Borja? Que é um jogador certinho, sem rasgo, sem fazer a diferença, que joga apenas pelo seguro e se limita a cumprir o mínimo que lhe é exigido. Não compromete, em regra, é certo. Mas também raras vezes consegue empolgar os espectadores.
Parecia ser um investimento seguro quando a SAD leonina o contratou, a 30 de Janeiro de 2019. Colombiano, actuava no Toluca, do Máxico, e vinha para competir com Acuña e Jefferson para a posição de lateral esquerdo.
Destronou o brasileiro, já na recta final da sua passagem por Alvalade, mas foi incapaz de vencer o duelo interno com o argentino, que se manteve titular dominante da posição. Na temporada 2019/2020 regista 15 actuações, correspondentes a 42% do número de jogos do Sporting. Mas só permaneceu em campo do princípio ao fim em sete desses desafios.
Golos marcados? Apenas um, frente ao Marítimo, a 27 de Janeiro. Assistências, nem uma. Números insuficientes, para quem custou ao Sporting 3,1 milhões de euros - por apenas 80% do seu passe.
Borja veio para suprir uma eventual transferência de Acuña que acabou por não acontecer. E, naquela posição, tapa a ascensão de um jovem da nossa Academia. O promissor Nuno Mendes, por exemplo.
O colombiano, agora com 27 anos, é internacional pelo seu país. Integrou a turma olímpica em 2016, e chegou à selecção A em Setembro de 2018, embora com reduzida utilização. O principal jogo em que participou foi em Junho de 2019, contra o Paraguai, na fase de grupos da Copa América, já sob o comando de Carlos Queiroz.
Vale a pena continuar a apostar nele? Catorze meses depois, são escassos os admiradores que mantém em Alvalade. E subsistem muitas incógnitas quanto à sua margem de progressão.
Nota: 5