Os jogadores de Varandas (10)
EDUARDO
Um dos erros mais recorrentes no Sporting é haver quem não resista a contratar um jogador que faça um brilharete ocasional contra nós. Ou, pior ainda, contratá-lo porque se destacou num determinado jogo contra o Benfica - cenário ainda mais absurdo. Há vários exemplos clássicos. No primeiro caso, basta lembrar Rúben Ribeiro, que fez uma exibição de grande nível enfrentando o Sporting ao serviço do Rio Ave na época 2016/2017: ficou logo "sinalizado" pela prospecção leonina - com as consequências que sabemos.
Um expoente do segundo caso é Eduardo Henrique, ex-internacional sub-20 brasileiro, contratado por cinco épocas ao Internacional de Porto Alegre poucos meses após ter-se destacado como melhor em campo numa rara vitória do Belenenses (onde actuava por empréstimo) frente ao Benfica. A 2 de Julho, era anunciado como reforço em Alvalade, a troco de nada módicos 3,5 milhões de euros a pagar ao clube gaúcho.
Prometia dar solidez e criatividade ao meio-campo leonino, oscilando entre as posições 6 e e 8, mais como distribuidor de jogo do que como transportador da bola. Afinal acabou por não revelar utilidade em qualquer missão no campo, apesar de contar com o apreço público e notório de Silas, que tudo fez para o fixar no onze-tipo do Sporting. Sem sucesso. Faltou sempre a Eduardo a solidez de um Battaglia e a técnica de um Wendel, por exemplo. Acabou por cumprir apenas onze partidas como titular.
Com 25 anos recém-completados, Eduardo integrará provavelmente as próximas listas de elementos a dispensar do plantel, embora pareça ser mero sonho (ou delírio) os anunciados sete milhões de euros que alguma imprensa tem associado a uma possível venda deste jogador que no Sporting jamais conseguiu transpor o patamar da mediania, roçando a mediocridade. Apático, sem fibra nem garra. Como se tivesse esgotado quase todas as energias naquela vitória contra os encarnados em Outubro de 2018.
Nota: 4