Os golos
1. Grande jogada colectiva, superiormente concretizada. Construindo um lance de ataque no meio-campo com a precisão de passe que o caracteriza, Adrien toca a bola para a sua esquerda, onde Carrillo a recebe de costas. O peruano faz uma rotação e pica a bola com técnica irrepreensível para Jefferson, que já acelera junto à linha. Muito rápido, batendo o lateral do Belenenses, o brasileiro cruza para a área. Palmeira corta para canto.
Jefferson marca o canto. A bola sobe para a área e é aliviada pela defesa azul. Wilson Eduardo, em corrida da ala direita para o centro, recebe-a sem a deixar cair na relva e dispara um pontapé fortíssimo: a bola entra a uma velocidade impresssionante. O guardião adversário, aturdido, nem se mexeu.
Foi o primeiro, aos 30 minutos: Wilson Eduardo, homem-golo.
2. A bola ressalta da grande área do Belenenses. Wilson Eduardo, jogando desta vez do lado esquerdo, toma posse dela com uma excelente recepção. Supera um adversário e prepara-se para ultrapassar outro, flectindo para o centro, até ser derrubado erm falta a quatro metros da entrada da grande área. O árbitro, como lhe competia, assinala livre directo. André Martins encarrega-se da marcação. Cinco adversários formam barreira. Muito concentrado, quase sem tomar balanço, André marca-o de forma exemplar fazendo a bola voar por cima da barreira, ligeiramente em arco, com a força suficiente e uma técnica insuperável. O guarda-redes voa mas não chega lá.
Foi o segundo, aos 33 minutos: o pequeno André Martins agiganta-se a cada golo.
É um prazer voltar a ver golos do Sporting. Um prazer redobrado quando esses golos surgem a par, como ontem aconteceu.