Os filhos da puta*
Pedindo desde já desculpa pela "acidez" do título do post, aviso também já que hoje não haverá reticências a seguir à primeira letra de uma qualquer palavra que incomode mentes mais sensíveis. Se não quiser passar daqui, está o leitor avisado e à vontade para me deixar a vociferar sozinho.
Portanto, não vale a pena bater mais no ceguinho com o amadorismo e incompetência na preparação da época e constituição do plantel. Já discorri a propósito, outros colegas o têm feito, é um facto que terá que ser remediado em Janeiro se valer a pena e até lá Leonel Pontes e os jogadores conseguirem manter o barco à tona , mesmo que vá metendo água aqui e ali. E irá, que o pano é curto!
É minha convicção antiga que tenhamos nós as equipas que tivermos, com menor ou maior qualidade dos seus elementos, esteja a máquina oleada e afinada ou não, haverá sempre uma corja de filhos da puta que naquele momento em que estivermos a levantar a cabeça e a retirar um pé do lodo, diligentemente se ancarregam(rão) de, sem qualquer pudor, nos mandar aquela cacetada certeira nos cornos que nos atirará de novo para a merda, donde nunca ou dificilmente nos deixarão sair e onde quem os comanda nos quer ter, mansinhos.
Há umas semanas foi um filho da puta a desferir três tiros certeiros num grupo que começava a levantar a cabeça. Coisa inédita e nunca vista cá no burgo, onde apesar da quantidade de filhos da puta em todas as áreas de actividade, nenhum ainda se tinha atrevido a tanto. Eles atrevem-se até a deslocar-se de Ferrari, têm olho de lince, mas desde o célebre luto que os filhos da puta não punham os cornos de fora com tanta convicção.
Ontem foi porrada de criar bicho, canela até ao pescoço, descascar em cima do melhor médio a jogar em Portugal e o filho da puta, de bíblia no braço direito e saco de fruta no esquerdo, que perdeu o apito logo aos cinco minutos e não mais o conseguiu recuperar até ao momento em que terá recebido pelo auricular ordem para expulsar o gajo que hoje entraria na Cova da Moura como um autóctone, tal a quantidade de nódoas negras espalhadas pelo corpo, deixou um outro filho da puta fazer uma dúzia de faltas sobre o mesmo adversário, sem sequer o mandar para o caralho, como é seu timbre.
E com a bíblia num bracinho e o saco da fruta no outro, calculam como apanhou ele o apito do chão. Exactamente nessa posição em que a Alemanha perdeu a guerra e eles ganham posições no ranking dos filhos da puta: De quatro!
Ontem, graças ao anterior filho da puta, o centro da defesa ficou sem um dos seus melhores (esqueçam lá essa merda dos três deslizes, com um filho da puta menos filho da puta um bocadinho, nenhum deles teria existido, ou se a coisa se tivesse dado com a Igreja Universal do Reino de Vieira ou com a banca de fruta do sr. Costa, estaria tudo na santa paz do senhor e no final até havia chocolatinhos e putas, das verdadeiras, para distribuir) e para a próxima ficaremos sem o capitão e melhor jogador da equipa. Cheira-me que a seguir será o GR e depois o outro central e assim sucessivamente, impedindo Leonel Pontes de encontrar um onze fixo e poder juntar os cacos (e a caca) que o holandês deixou e a mão-de-obra que tem à disposição. É que aquela merda anda colada com cuspe, é verdade, mas quando alguém consegue juntar mais que dois cacos, há sempre um filho da puta que (ao contrário dos putos do meu tempo que nos escondíamos para fazer merda) à vista de todos, sem qualquer pudor, leva a puta da pedra na mão e quando lhe apetece, pimba! no centro, para foder aquilo tudo!
A direcção e aquela gente toda que gravita à sua volta tem culpas? Tem, mas foda-se, ou a gente tem colhões para mudar esta merda, ou mesmo com o Ronaldo e o Messi e mais algumas trutas na equipa não ganharemos a ponta de um corno se não conseguirmos tratar destes grandes filhos de uma valente puta e não é o Varandas a meter-se em bicos de pés que resolverá o assunto. Esse é um papel para o Severo e para o Pontes que estiveram muito bem.
Ao Varandas pede-se outra actuação. Por exemplo falar com outros filhos da puta que andam "distraídos" e que daqui a três semanas precisam das cruzinhas dos sportinguistas, ou será pedir demais?
*Com um enorme pedido de desculpas às senhoras suas mães, que certamente não os criaram para isto.