Os ataques ganham jogos, as defesas campeonatos
Nem sempre isso acontece, o Sporting ganhou campeonatos com equipas "de tracção à frente" e futebol ofensivo, com treinadores como Mário Lino, Fernando Mendes, Allison e Boloni.
Mas normalmente é assim. Até a "Laranja Mecânica" de Cruyff e o Brasil de Sócrates e Falcão encalharam nas finais, Portugal perdeu em casa contra a Grécia e conseguiu derrotar a França em sua casa nas finais do Campeonato da Europa.
Sérgio Conceição diz que prefere ganhar por 1-0 do que por 4-3 e que não sofrer golos é a única forma garantida de somar pontos no final do desafio. A escola italiana com que Trappatoni conseguiu ganhar o título ao então ofensivo Sporting de Peseiro.
Se calhar a questão está mais no equilíbrio ou na falta dele entre atacar e defender. Também na capacidade duma equipa se transformar dentro do campo conforme as circunstâncias do encontro.
Peseiro não conseguiu encontrar esse equilíbrio e a equipa perdeu-se no duplo e triplo pivot.
Keizer está apenas no segundo mês de trabalho em Alvalade e também ainda não o encontrou, muito também pelas lesões e castigos que tem acontecido a um ritmo elevado, e pela falta de quantidade de qualidade no plantel. O jogo da Taça contra o Rio Ave foi o exemplo acabado dum futebol/futsal dos 5-2, 6-4, 7-5 insustentável no que respeita a uma época de sucesso.
Ontem em Guimarães o Sporting foi uma equipa monocórdica, previsível e facilmente suplantada pelo 4-5-1 "italiano" de Luís Castro. Obviamente que tal táctica seria inconcebível e crucificada por muitos Sportinguistas se adoptada por algum seu treinador, mas pelos vistos serve para os de Guimarães encherem a barriga.
E agora? Trabalhar, quer no treino do modelo de jogo, quer na reestruturação do plantel tendo em conta esse modelo.
Mais uma vez um Santo Natal para todos.
SL