#OndeVaiUmVãoTodos
O Sporting Clube de Portugal foi mais uma vez roubado no campo e subalternizado fora dele. Parece realmente que os milhões da Champions ditam a sua lei, só existe lugar para dois grandes em Portugal, e que desde a arbitragem até às diferentes instâncias de poder, quase todos estão no bolso dum ou doutro. Rui Santos, António Oliveira e Octávio Machado foram das poucas pessoas das que li ou ouvi que fizeram justiça ao que se passou em Famalicão.
Dizia um colega do blogue que mesmo na Itália a Máfia foi barrada nos tribunais. Em Portugal, mesmo com alguma coisa que a Justiça faça ou tente fazer, do Apito Dourado ao e-Toupeira, tudo acaba por morrer numa teia de interesses e cumplicidades. Os juízes sentam-se na tribuna e os polícias pertencem às claques, no país do futebol existe um polvo com duas cabeças e os bandidos mais os seus lugares-tenente continuam a ser tratados como os "coronéis" do tempo da Gabriela.
O nosso Sporting não está isento de culpas neste estado de coisas. Desde há muito tem-se demitido de lutar nos lugares certos e os ódios internos prevalecem sobre qualquer ideia de unir esforços face ao bem-comum. Quem acede ao espaço público de comunicação na condição de Sportinguista, muitas vezes só serve para denegrir o próprio clube e quem o representa, alguns têm mesmo de ser contidos no seu ressabiamento por adeptos dos clubes rivais.
É simplesmente incrível saber que o Sporting ajudou a eleger Pedro Proença ou a nomear Fontelas Gomes, quaisquer que tivessem sido os motivos da altura, para agora sermos tratados desta forma, como um "mete nojo" qualquer que guincha quando é esmagado, com um comunicado para as redacções 5 minutos depois a pôr um bloco de cimento em cima do roubo que tinha acabado de acontecer.
Não concebo ter um presidente a ladrar ao vento, nem a pôr-se em bicos de pés e chamar a UEFA ou a Interpol a intervir, nem a fazer greve de fome ou a imolar-se pelo fogo em frente ao edifício da Liga, nem qualquer ideia peregrina de transportar esta guerra para dentro da equipa e assim destruir de vez os sonhos desta temporada. Estamos em 1.º lugar, não vamos desistir de lutar. Treinador e jogadores só têm de estar preocupados com uma coisa: ganhar o próximo jogo, independentemente do tempo, do estado do relvado, da táctica do adversário, de quem aparecer lá de apito na boca ou de quem estiver a manobrar no Jamor. Por isso mesmo gostei das palavras de Pedro Gonçalves e Adán, penitenciando-se pelos eventuais erros que cometeram.
É neste entendimento das coisas que manifesto a minha adesão total a este slogan e a este movimento, que reúnem numa frase simples e singela tudo o que falta a este Sporting aqui e agora, que não é para proteger este ou aquele, mas é para responsabilizar todos pelo presente e futuro do nosso Sporting.
- Responsabilizar o Presidente e a Direcção pela defesa intransigente dos direitos do Sporting.
- Responsabilizar o treinador, estrutura e plantel pela demonstração competente em campo do valor do Sporting e pelas vitórias no final dos jogos.
- Responsabilizar os sócios e adeptos do Sporting, sem prejuízo da crítica construtiva que tem de estar sempre presente, pelo apoio incondicional à equipa e pela defesa dos interesses do Sporting em toda e qualquer situação.
PS: Responsabilizo-me também a mim por enviar qualquer comentário de lampião ou tripeiro directamente para o lixo.
SL