Ódio à janela
A campanha eleitoral leonina fez libertar de constrangimentos a legião anti-Sporting, que a pretexto de críticas a Bruno de Carvalho desatou a disparar proclamações de ódio ao nosso clube. Nesta tarefa tem-se destacado um tal Carlos Janela, agora investido do papel de "comentador" - função que o autoriza, pensa o sujeito, a disparar as maiores bojardas contra uma agremiação que (garantem-me) já terá frequentado como director desportivo. Algo de muito grave lhe deve ter acontecido em Alvalade quando por lá passou: tanto ressabiamento só pode explicar-se como consequência de um trauma porventura inconfessável.
"O Sporting é um clube cheio de mentiras, cheio de embustes, cheio de mistificações. É um clube completamente desestruturado! É um clube que ninguém respeita, em que ninguém acredita!" Frases ditas há dias pelo tal Janela no programa da CMTV onde por vezes predica. De olhos esbugalhados, investiu contra Bruno de Carvalho, a quem acusou de "deixar o Sporting em cacos", enquanto manifestava a sua admiração por Pedro Madeira Rodrigues, vaticinando que "pode ganhar as eleições".
Madeira City Rodrigues, o ex-bloguista anónimo que agora pretende trazer "elevação" ao Sporting, é apoiado por gente desta. Do execrável Espadinha, cançonetista travestido de carroceiro, ao inenarrável Janela, que no Euro-2016 praticou um dos maiores exercícios de contorcionismo dialéctico a que alguma vez assisti, zurzindo a selecção nacional até à véspera da final em Paris, quando enfim se converteu ao clube de fãs da equipa das quinas.
Cada vez que carregam no gatilho, estes e outros dão votos a Bruno de Carvalho. Porque os sportinguistas sabem muito bem o que sucederia se o nosso clube fosse confiado à turma de ressabiados que gravita em torno do candidato alternativo. Aí sim, ficaria o "Sporting em cacos".
Nada de novo, aliás: foi um clube assim que o actual presidente do Sporting encontrou ao assumir funções há quatro anos.