Alguns sportinguistas persistem em duvidar dos méritos do treinador leonino. A esses - e aos que de modo um pouco mais compreensível exprimem as mesmas críticas do lado de fora, desejando no entanto ter um treinador assim - é necessário sublinhar esta evidência factual: ao fim de dois meses com Jorge Jesus ao leme, já o Sporting tinha conquistado tantos títulos como sucedera com os nove treinadores anteriores, todos somados, entre 2008 e 2015.
Os sportinguistas sabem quais foram as vendas nesse tempo e sabem quais foram as vendas que fizemos agora. Setenta e sete milhões de euros. As melhores de sempre no Sporting. Faz toda a diferença do mundo.
Mas as vendas deste ano foram opção do clube, pois os jogadores sairam abaixo das respectivas cláusulas de rescisão. Quem garante que no ano anterior não havia propostas dentro dos mesmos valores? Aliás, se este ano vendessem mais jogadores ainda faziam mais dinheiro. Isto é um mundo estranho. Se se vende um Slimani ou um Renato Sanches os adeptos ficam contentes porque foi um grande negócio. Se não se vende um Adrian ou um Lindelof ou um Brahimi, os adeptos ficam também todos contentes porque se conseguiram "segurar" os jogadores importantes.
Mas o montante da venda de três jogadores ficou abaixo da proposta de "80 milhões", no mês de Janeiro, que o Bruno Carvalho recusou pela venda de um só jogador. Como tal as vendas de agora foram em péssimo negócio para o Sporting. Penso eu!...
O que, eventualmente, me provocava enxaquecas era o Benfica recusar a venda de um jogador apenas, em Janeiro, por 80 milhões e em Junho vender três por 75 milhões. Que grandes negócios dirão os sportinguistas!...
Concordo consigo: foi anedótico o preço da transferência do Garay. Quase de borla, quando era jogador titular da selecção argentina. Sabe-se lá porque saiu tão depressa e ao preço da chuva. Mas um dia todas essas histórias serão contadas.
Pedro Correia, digo-lhe que, e sem conhecer o que obrigou a isso, para mim foi um disparate a venda do Garay por aquele irrisório valor, tendo em consideração a sua qualidade. Mas para si a recusa em vender um jogador, em Janeiro, por 80 milhões e depois vender três por 75 milhões (aonde o dos 80 milhões pode estar incluído) representa o quê? Vá lá, diga que foi um excelente negócio... claro, para nos rirmos todos.
Pois sim, mas acredita nessa treta do Bruno Carvalho ter recusado 80 milhões pela venda de um jogador em Janeiro?
Na questão de vendas o Sporting é ainda uma criança de leite em relação ao Benfica, mesmo tendo em atenção os erros cometidos como é exemplo o Garay. Aliás não percebo os motivos porque se querem comparar ao Benfica, e até, pasme-se, sem ser em sonho julgam-se superiores ao Glorioso SLB.
Mas quem é que quer comparar-se ao Benfica? Sem necessidade dos "mendilhões" do mega-empresário, o Sporting fez o melhor negócio de sempre do futebol português ao transferir João Mário para o Inter (40ME+5ME por objectivos). E ao só autorizar a saída de Slimani pelo valor da cláusula (30ME).
Ó Pedro Correia convenhamos que vender um jogador com 18 anos por 35 milhões mais 45 milhões por objectivos é um extraordinário negócio. Mas admito que os sportinguistas vejam na venda do João Mário (40 milhões + 5 por objectivos), um jogador com 23 anos, um negócio ainda melhor. Eu acho que vender um jogador de 18 anos por 35 milhões + 45 por objectivos é muito melhor do que negociar um jogador de 23 anos por 40 milhões + 5 por objectivos. Mas aceito que os sportinguistas estejam radiantes pois não estavam habituados a vendas deste género.