Obviamente, demite-se
Não venho falar de política, pois nessa a cada sportinguista os seus credos e concepções. Mas, diante do que se vem passando e do que acontece hoje, evoco e invoco a frase que ficou célebre na nossa História. Como antes Bettencourt, como antes Lopes, como antes Carvalho - e esta sucessão mostra que há algo de mais profundo que vai mal no clube -, Varandas não poderá acabar o seu mandato presidencial, enredado nas dificuldades estruturais e nos meandros da sua mente e, quiçá (pois assim já o parece), da sua psique.
As notícias da contratação de Amorim, a custos desproporcionados, e surgidas em momento de verdadeiro despautério - hoje é dia de jogo de campeonato, importante no processo de apuramento para as tão necessárias competições europeias, e a direcção permite este rebuliço todo? Com que espírito, com que concentração, Silas e os jogadores cumprirão esse difícil confronto? - mostram o final de um ciclo. Doloroso. Varandas estará já só, pois quem no Universo Sporting ainda tem alguma crença nele?
Vamos esperar que caia da cadeira? Saia hoje mesmo, com a dignidade do sportinguista que percebe que o seu contributo se esgotou. Ou então, se o médico se agarrar, indignamente, ao papel que é incapaz de cumprir, que se diga, em uníssono, "obviamente, demito-o".
E que venha o futuro.