Obrigado, mas nem pensar
Bruno de Carvalho tem sido muito criticado por estes dias. Motivo? Terá travado a saída de William Carvalho para um clube de terceira linha do futebol inglês. Compreendem-se estas críticas quando são feitas pelos nossos rivais: benfiquistas e portistas sabem bem que um Sporting com William será sempre mais forte.
Já entendo muito menos quando são sportinguistas a falar assim. Como se gostassem de ver o campeão europeu bem longe de Alvalade - quanto mais cedo melhor.
Os que assim falam parecem não ter entendido que acabou o tempo da venda ao desbarato dos jogadores que íamos formando na Academia de Alcochete para outros recolherem o proveito desse investimento. Tal como chegaram ao fim aqueles lamentáveis dias em que se recorria à venda com carácter de emergência de futebolistas em destaque no plantel para tapar buracos de tesouraria.
Foi assim que vimos partir, a meio da temporada 2012/2013, o holandês Wolfswinkel, então goleador sem alternativa em Alvalade. Foi assim que nos despedimos pouco antes do Daniel Carriço, defesa da nossa formação e capitão do onze titular, mais tarde participante em duas finais europeias ao serviço do Sevilha.
Pela mesma altura o clube lançava jogadores na equipa principal sem acautelar os mais elementares interesses contratuais, o que viria a facilitar as saídas de Bruma, Ilori e Dier, por exemplo.
Com este presidente, muita coisa mudou para melhor. Isto também. Por isso a actual direcção leonina foi responsável por quatro das seis mais bem remuneradas transferências de sempre do Sporting.
Regresso ao passado, como uns poucos parecem preferir? Obrigado, mas nem pensar.