O Zé Carlos perdoar-me-ia, certamente
Que se passa? Então isto não é uma ameaça?
Ali andou mãozinha de reaça.
Deixaram fugir mais oitenta e nove…
Que se passa? Então isto não é uma ameaça?
Ali andou mãozinha de reaça.
Deixaram fugir mais oitenta e nove…
Os pides desceram pela corda alegremente.
Os guardas andavam passeando em Alcoentre.
E a esquerda levou com mais um corno pela frente.
Esta maldade não se faz à gente.
Que merda!
As grades foram todas serradas a preceito.
A fuga aproveitou-se do que era imperfeito.
E a esquerda, por causa da vergonha deste feito,
pode apanhar uma bala no peito…
Que merda!
Quem foram os que de fora das grades ajudaram?
Quem foram os que dentro das grades os armaram?
A esquerda não esquece tubarões que a torturaram.
Não pode perdoar se a enganaram.
Que merda!
Agora, a vigilância é tudo o que nos resta.
Pr’ós pides, a vida na prisão… era uma festa.
E a esquerda tem mais do que razão quando protesta,
pois pode apanhar um tiro na testa…
Que merda!
Adaptem como quiserem, substituam os protagonistas por quem quiserem. No fim a "esquerda" (o Sporting) perde sempre.
Nota: "Fado de Alcoentre" letra de José Carlos Ary dos Santos musicada por Fernando Tordo.