O verão quente e canalha de 2018
Em 1993, Sousa Cintra – descobridor de craques como Balakov ou Amunike - foi buscar Pacheco e Paulo Sousa a um Benfica em apuros financeiros. João Pinto quase fez a viagem mas só chegaria sete anos depois, atempo de ser o “pai” de Jardel.
Hoje é notícia a possível “vingança” benfiquista, com Gelson Martins e Bruno Fernandes a serem colocados na rota do Benfica (trocar Pacheco por Fernandes não me parece muito proporcional mas a vingança não é racional). A confirmar-se a movimentação, serão (já o são, pela rescisão) apelidados de traidores.
Tal como João Moutinho, apelidado de "Maçã Podre" quando foi para o FC Porto, eu culpo é quem não soube criar as condições para que se sentissem num clube enorme, ganhador e estável. Culpo quem criou as condições para que sentissem que sair para um rival direto era a melhor opção.
Não duvido (e nem me interessa esse debate) do caracter dos jogadores em causa mas quem ama o clube somos nós, sócios e adeptos. Desenganemo-nos quanto a juras e promessas. Na curta carreira, os jogadores preocupam-se é com o rumo que esta toma, tentando amealhar dinheiro e títulos.
Cabe às direções tudo fazerem pela defesa dos interesses dos clubes. Bettencourt não o fez e Bruno não o faz. Já, agora, Sousa Cintra também não o fez. Aproveitar-se de um rival ferido é uma canalhice. Em 1993 como em 2018.