O Sporting não é o Vitória de Setúbal
Foto: Rui Minderico / Lusa
O Vítoria Futebol Clube - vulgo, Vitória de Setúbal - elegeu a 18 de Outubro um novo presidente, em contexto dramático, de tombo deste histórico emblema para o terceiro escalão das competições desportivas, rescisões unilaterais de jogadores por incumprimento das responsabilidades assumidas pela entidade patronal e rumores consistentes sobre actos de corrupção.
A esta eleição, apesar da brutal crise que o clube atravessa, concorreram três candidatos. O que ganhou foi logo confrontado com uma petição para a sua destituição imediata: a 2 de Novembro - duas semanas após o escrutínio - começou a circular um requerimento para uma assembleia geral destitutiva, alegando-se «incumprimento das promessas eleitorais».
Bastaram 113 assinaturas num papel para dar início ao processo. A assembleia destitutiva realizou-se a 2 de Dezembro, com 87% dos sócios a validarem a queda da Direcção já depois de esta ter resignado e anunciado que não voltaria a ir a votos.
Foi nomeada uma Comissão de Gestão, que marcou nova eleição para 28 de Dezembro, inicialmente agendada para o dia 22.
Não é por falta de actos eleitorais que o Vitória tem vindo de tombo em tombo: a 17 de Janeiro tinha havido outra corrida à presidência, dessa vez com cinco candidatos. Para deixar tudo na mesma. Ou ainda pior.
Uns quantos peticionários profissionais - incluindo alguns que acabam de inscrever-se como sócios, apenas para este efeito - gostariam que o Sporting fosse uma versão algo melhorada e muito alargada do V. Setúbal.