Precisamos de voltar a jogar futebol, perdendo e ganhando, mas jogar à bola. No fundo fazer exactamente o que o actual selecionador inglês está a fazer, agarrar numa equipa de putos e metê-los a jogar bem, porque penso que ninguém pode pedir resultados nos próximos anos, depois de um eucalipto chamado Scolari e de duas tragédias gregas chamadas Queiroz e Bento. Por isso acho que José Peseiro será sem qualquer sombra de dúvida a melhor escolha. Penso igualmente que qualquer dos nomes adiantados será sempre um up grade de qualidade em relação a Paulo Bento, pelo que aquilo que aconteceu paradoxalmente foi o melhor que nos podia ter acontecido.
Atenção, meu caro: com Scolari fomos vice-campeões da Europa em 2004 e semifinalistas do Mundial 2006. Com Paulo Bento fomos às meias-finais do Euro-2012, tendo caído apenas nas grandes penalidades frente à Espanha - campeã da Europa e campeã do Mundo. Convém não esquecer isto.
Neste país, nesta (ou numa futura) direcção da Federação, nesta remodelação, tem que ser um treinador&seleccionador com conhecimento e experiência, carácter e disciplina, vontade e sonho.
Nada fácil se considerarmos como pré-requisito a nossa nacionalidade; muito mais difícil porque os hábitos, vícios e interesses da envolvente são enormes.
Descarto Peseiro, Paulo Sousa, Vitor Pereira(?) e Jesualdo (o joker).
Não pode continuar a haver um "yesman/boy" como seleccionador ao serviço de interesses e compromissos que invalidam a (re)construção da equipa nacional; essa é uma certeza.
Descarto Manuel José pelo extremismo/ego e fico-me por Fernando Santos nas alternativas. Rui Jorge deve continuar nos Sub 21.
Estou de acordo consigo, meu caro. Subscrevo o seu raciocínio e a sua conclusão. Um treinador português parece-me fundamental. Não por acaso, Portugal é o país mais representado nesta temporada ao nível de treinadores de clubes que disputam a Liga dos Campeões (com Marco Silva, Leonardo Jardim, José Mourinho e Jorge Jesus). Também prefiro Fernando Santos. Julgo que estará em causa apenas a clarificação de uma questão por parte da FPF: saber o âmbito do castigo que a FIFA aplicou a FS enquanto treinador da selecção grega no último Mundial (oito jogos de suspensão, ao que julgo saber). Falta clarificar se esses oito jogos abrangerão as provas sob a jurisdição da UEFA, desde logo o Campeonato da Europa e respectivos desafios de apuramento.
Por estas caixas de comentários se vê como é muito mais fácil congregar opiniões para criticar do que para elogiar. Não consigo detectar sequer um consenso mínimo em torno de um nome, seja ele qual for.
Manuel José é o eterno "oferecido" à Selecção; desejos dignos mas demasiado evidentes e egocêntricos.
Qualidades? Experiência e vontade.
Curriculum? Excepto no Egipto, na terra dos Faraós não o encontro.
Oportunidade merecida? Não conheço tal desígnio; é exigida responsabilidade e não oportunidade ao sucessor.
Manuel José; eterna figura da história do futebol nacional, desde tempos antigos na nossa história leonina...recentemente proferiu (tal e qual como JJ adora o microfone e a atenção) isto, após meses antes fazer alerta à contratação do jogador:
Viva as estrelas e Shikabala é uma estrela...nas areias.
Liberdade; talvez seja essa a solução e principal condição para o sucesso do próximo seleccionador. Uma liberdade nacional, com obrigação e sentido de dever, na honra de treinar os Nossos. Uma convicção (paradoxal à proferida por MJ) de que o grupo/projecto se sobrepõe a qualquer individualidade ou elemento.
Julgo, meu caro, que só haverá consenso na nacionalidade do técnico, que a larga maioria prefere seja português (e mesmo assim já ouvi hoje um imbecil pronunciar-se na pantalha em defesa de um seleccionador estrangeiro). Seja quem for, será tudo menos consensual. Os portugueses adoram disparar contra o seleccionador nacional. Mesmo quando obtém vitórias atrás de vitórias, mesmo quando nos leva mais longe do que qualquer outro conseguiu. Já vejo pessoas a arrepelarem-se com a hipótese F. Santos. Outras já bradam contra Peseiro. Outras consideram que Vítor P, nem pensar. Etc, etc.
Pois eu tenho um preferido, mas como não sou eu a escolher, nem avento o nome! (independentemente de lá atrás ter "escolhido" alguns, mas a "escolha" foi feita apenas entre as duas hipóteses apresentadas em cada post) Tenho a convicção que terá que ser português e qualquer que seja o escolhido, terá o meu apoio desde o primeiro instante, tal como teve Paulo Bento!
Mas parece-me que, com esta direcção da federação, que certamente se manterá no poder, o mais importante até nem é o seleccionador/treinador. O que é importante e que tem que ser criteriosamente escolhido, isso sim, é a equipe médica!
Ainda sou capaz de pôr mais dois nomes de possíveis seleccionadores à consideração dos colegas de blogue e dos leitores. Quanto às demissões, meu caro, há um certo comentador futebolístico que quer tudo demitido. Precisamente o mesmo que há quatro anos, após o fiasco do Mundial-2010, com o seleccionador incompatibilizado com meia equipa e após uma derrota e um empate caseiro com o Chipre no início da qualificação para o Euro-2012 dizia que ninguém devia demitir-se e nada devia mudar.
Mas convenhamos que a ser verdade que Paulo Bento queria sair logo a seguir ao mundial e Fernando Gomes não o deixou, para esse senhor "a porta da rua deveria ser a serventia da casa!"