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És a nossa Fé!

O primeiro bicampeonato das nossas vidas

Sporting, 2 - V. Guimarães, 0

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Pedro Gonçalves agradece ao Céu a exibição de luxo no jogo do título: a lesão passou à história

Foto: Filipe Amorim / Lusa

 

Este sim, foi o jogo do título. Que desfez as últimas dúvidas. Que varreu todos os vestígios de pessimismo militante. Que levou enfim os mais renitentes a "apoiar" a equipa - quando já não era preciso, pois acabavámos de consolidar o primeiro posto na Liga 2024/2025, que se tingiu de verde e branco.

Triunfo natural em nossa casa, com estádio cheio, sobre a turma de Guimarães, orientada por um técnico que não aqueceu o lugar: ontem foi anunciado que a direcção do clube minhoto dispensou os serviços de Luís Freire. Derrotado pelo Sporting, o Vitória Sport Clube falhou o acesso à quinta posição, superado pelo Santa Clara. Nem à Liga da Conferência irá na próxima temporada.

 

Antes deste desafio de encerramento do campeonato, alguns temerosos diziam recear o desempenho dos minhotos em Alvalade. Aludiam a supostas "malas" que dariam motivação extra à equipa adversária. Tretas. Nada disso aconteceu, eles nem foram capazes de gerar uma situação de perigo em todo o encontro. Acabaram por ser uma das mais fracas equipas que nos visitaram em 17 jornadas entre Agosto e Maio.

Partimos para a última ronda em igualdade pontual com o Benfica, mas em clara vantagem no desempate. Por termos vencido os encarnados em casa e empatado na Luz. Nenguma dúvida: só dependíamos de nós para tornarmos o sonho realidade. De ninguém mais. Como é próprio de equipas campeãs.

Mas eles foram amiguinhos: até fizeram questão de nos dar uma ajuda, deixando-se empatar no derradeiro desafio. Foram a Braga e não conseguiram melhor do que um empate diante da equipa que na primeira volta os levara ao tapete no estádio da Luz. Nem tendo jogado durante parte deste encontro só contra dez conseguiram a vitória.

Os tais derrotistas do Sporting que imaginam conspirações em todo o lado e já supunham ver o Braga "abrir as pernas" perante o SLB tiveram de meter a viola no saco uma vez mais. 

 

Quanto ao nosso jogo, ocorrido há quatro dias com boa arbitragem de Fábio Veríssimo, o pior foi termos chegado ao intervalo empatados a zero.

Resultado imerecido.

Os pessimistas mais irredutíveis roíam as unhas até ao cotovelos. São aqueles que estão sempre prontos a antever o pior. Coitados, este ano não acertaram uma. Podem penhorar a bola de cristal...

 

Pedro Gonçalves desfez o nulo. Aos 55, em lance iniciado por Eduardo Quaresma tocando para Debast e este com passe milimétrico para Maxi, que assistiu o transmontano. Sem preparação, este colocou-a no sítio certo, em lugar inacessível ao guardião, mais em jeito do que em força. Explodiu de alegria, tal como todo o estádio. Já tínhamos saudades de um golo destes. já tínhamos saudades de um golo dele. E o Pedro mais que ninguém: desde Setembro que não marcava.

A longa lesão passou à história.

Os de Guimarães, que já pouco faziam, viram-se impotentes perante o ímpeto ofensivo leonino. Que só não se traduziu em golo aos 65' porque Geny rematou em arco, de modo espectacular, mas encaminhou a bola para o ferro, não para a rede. Foi pena: teria sido um dos golos mais vistosos deste campeonato.

 

Não arrumou a questão, mas o goleador sueco tratou do assunto. Aos 82', em brilhante incursão na área, trocou as voltas aos centrais antes de fuzilar. A alegria colectiva redobrou, a celebração de Gyökeres teve toques épicos. Deduzíamos porquê: foi, provavelmente, o seu último golo em Alvalade. Havia ali um misto de júbilo e de saudades antecipadas.

Houve, acima de tudo, uma felicidade inesquecível. Este jogo confirmou a conquista do bicampeonato. O primeiro bicampeonato das nossas vidas. Ficará gravado para sempre nas doces memórias e nos corações de todos nós.

 

Breve análise dos jogadores:

 

Rui Silva (6) - Foi praticamente um espectador da partida. Nenhuma defesa digna desse nome perante um adversário inofensivo.

Eduardo Quaresma (8). Batalhador. Várias recuperações. Anulou Gustavo Silva. Deu espectáculo aos 50' e aos 69' com lances de ruptura. Inicia o primeiro golo. 

Diomande (4) - Lesionou-se num joelho em choque aos 23'. Teve de ser substituído dois minutos depois.

Gonçalo Inácio (7) -  Quase marcou de cabeça aos 8'. Muito activo. Lançou Gyökeres aos 34' e aos 45'+5 em lances que rondaram o golo.

Geny (6) - Destacou-se em dois momentos: num grande centro para Gyökeres (15') e numa bola ao ferro (65'). Podia ter feito mais.

Morita (7) - Substituiu o ausente Morten. Fez a bola roçar a trave, de cabeça, aos 49'. Neutralizou todos os ataques minhotos. Até à exaustão aos 77'.

Debast (7) - Estabilizador do nosso meio-campo. Muito cerebral, com precisão geométrica. Intervenção vital no primeiro golo, em pré-assistência.

Maxi Araújo (8) - Grande desarme aos 28'. Quase marcou de cabeça, aos 41'. Assistiu Pedro Gonçalves no golo inicial. Intrerveio no segundo.

Trincão (6) - Tentou o golo aos 34' em remate rasteiro. Isolou Gyökeres aos 80'. Menos influente do que noutras partidas.

Pedro Gonçalves (8) - Regressou aos golos, oito meses depois. No momento certo para se sagrar melhor em campo. Marcou primeiro, assistiu depois.

Gyökeres (8) - Despedida em grande de Alvalade a confirmar o nosso triunfo - e o bicampeonato. Merece todos os aplausos da massa adepta.

Sr. Juste (6) - Veloz, atento, concentrado. Substituiu muito bem Diomande aos 25'. Antecipou-se sempre a Nelson Oliveira.

Quenda (5) - Entrou aos 77', rendendo Morita. Foi ele a iniciar o segundo golo.

Harder (-) - Substituiu Pedro Gonçalves aos 88'.

Matheus Reis (-) - Entrou aos 88, substituindo Geny.

Fresneda (-) - Rendeu Trincão aos 88'.

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