O pecado original
Como era previsível, o Sporting caiu hoje, frente à Juventus, nos quartos-de-final da Liga Europa, ao empatar 1-1. Com quase enchente em Alvalade: 45.900 espectadores, grande parte dos quais a puxar pela equipa.
Voltámos a marcar à equipa que segue em terceiro na Liga italiana e é um dos nomes históricos do futebol europeu. Mas, de novo, só conseguimos isso de penálti - desta vez por Edwards, aos 20'. Em lance de bola corrida continuámos incapazes de a meter lá dentro, apesar de não terem faltado oportunidades. Por Trincão (que aos 17' visou o poste), Diomande (35'), Esgaio (75') e duas vezes por Coates quase no fim (87' e 90').
Eis o problema estrutural que se tornou mais notório nesta época: falta-nos um matador na área. De modo a evitar que necessitemos de 41 remates para conseguir um golo.
Não ter um artilheiro de referência é péssimo. Fazemos o mais difícil - dois grandes jogos com a Juve - e fracassamos no mais elementar: não converter em golos o domínio claro que mantivemos em largos períodos destas duas partidas. É o pecado original desta época em que falhámos todos os objectivos.
Nada de novo. Nada que não tivesse sido afirmado aqui em tempo útil. Nada que não possa ser rectificado.
Infelizmente, só no mercado de Verão. Até lá, resta isto: mais do mesmo.