O mercado do mate
Como facilmente se percebe, tenho como maior ídolo como futebolista do Sporting o Hector "Chirola" Yazalde, e não o troco por nenhum outro, nem mesmo pelo Manuel Fernandes que lhe sucedeu no ataque do Sporting.
Talvez por aí fiquei com um fraquinho pelos argentinos.
E desde os tempos do Yazalde até agora, alguns, não muitos, argentinos chegaram e venceram no Sporting, como Duscher, Acosta e Acuna. E eu fui um furioso adepto de todos deles.
Mais recentemente vieram os uruguaios, Coates e Ugarte. De alguma forma diferentes dos argentinos, mais calmos e relaxados, mas também fiquei fã. E furioso adepto fiquei também.
Estou a escrever estas linhas ao mesmo tempo que vejo na Sport TV o Alan Ruiz, um argentino que veio para o Sporting duma forma sui-generis que muito critiquei, por muitos milhões que incluiram um "emprego" fantoche para o irmão, o Jorge Jesus e o Bruno de Carvalho conhecem os detalhes. Continua a ser um jogador com características difíceis de encaixar numa equipa de topo, mas que sempre defendi enquanto o Jorge Jesus o pôs a jogar. Uma lesão em Braga no final da época em muito o prejudicou.
Ainda agora lá anda o Tanlongo, e por mim ficava no plantel. Gosto dele.
A raça, a intensidade, a superação do futebolista argentino combina às mil maravilhas com a técnica e a inteligência de jogo do português.
E não vou nomear aqui os grandes futebolistas argentinos que passaram ou estão nos dois rivais e triunfaram. Muitos mais daqueles que o fizeram no Sporting.
Limito-me a dizer que o Sporting devia olhar com outros olhos o "mercado do mate", a Argentina e o Uruguai.
Se calhar com acordos com empresários locais, se calhar com acordos com clubes locais, mas está ali um filão com uma qualidade tremenda e diferenciada relativamente ao que podemos formar em Alcochete que temos de explorar.
Francamente sou alérgico à erva, de todas as formas, não fumo nem tabaco nem o que se fuma nalguns locais, detesto chá seja do que for, mas um destes dias vou experimentar... o mate.
SL