O (mau) exemplo do FCPorto!
Não é meu costume aqui perorar sobre o que se passa nas outras casas (leia-se clubes!), todavia o que se vai assistindo na cidade invicta leva-nos a pensar que mais tarde ou mais cedo a verdade mostra a sua face.
Muitos dirão que o actual problema nasceu com a saída recente de Jorge Nuno Pinto da Costa da presidência do clube. Eu ouso dizer que tudo começou… com a sua entrada!
Quarenta e dois anos à frente de um clube é obviamente tempo a mais. Criaram-se demasiados vícios, demasiadas relações duvidosas que se plasmam, entre muitas coisas, nas conclusões da mais recente auditoria que o actual Presidente achou por bem mandar fazer.
Os desmandos financeiros no FCPorto feitos na vigência da antiga direcção são quase pornográficos, e que se traduz em milhões de euros desviados e gastos em coisas menos desportivas.
Entretanto e durante muuuuuuuuuuuuuuuitos anos por aqui e por diversos lados os sportinguistas foram-se queixando dos métodos aparentemente pouco ou nada lícitos que o Porto usava para influenciar o poder futebolístico de forma a ganhar jogos e consequentes campeonatos. O próprio PdC ria-se das nossas queixas e dizia à boca cheia: desculpas de perdedores!
O pior nisto tudo foi a insensibilidade da Comunicação Social lusa perante os factos que se percebiam que cheiravam a esturro. Dava mesmo a sensação que se rebaixavam ao poder oriundo da Invicta. Algo que eu nunca percebi porquê...
Mais... A própria justiça assumia-se curiosa e criteriosamente impotente, sendo o processo Apito Dourado, quiçá, o último grande exemplo da forma como o FCPorto dominava o futebol em toda a linha e em todas as suas vertentes.
Hoje o clube da Invicta começa a pagar, com juros, os custos dessas estranhas influências e por aquilo que foi dado conhecimento não sei até onde o Porto poderá cair.
Cabe agora ao Ministério Público fazer o seu trabalho. Entretanto a justiça que seja célere e cega!
Uma nota final para André Vilas-Boas pela enormíssima coragem que tem tido em enfrentar todos estes problemas, sem ousar esconder seja o que for.
Há que lhe tirar o chapéu!