O Leão da Estrela é inimitável
Ontem o jogo Geórgia vs Portugal trouxe-me à memória algo que parece longínquo, mas que até Jesus chegar ao Sporting e continuado para melhor na era Amorim, era a minha irritação contínua. Éramos os melhores a jogar para o lado e para trás, eficácia que era o que se queria, bola, parafraseando o mestre da táctica.
E ontem foi assim desde o primeiro minuto. Azares todos têm, que o diga o checo que nos deu o segundo golo no primeiro jogo e com mais de 90 minutos para dar a volta ao jogo aquele lance de António Silva poderia ter sido apenas de má memória e para recordar com um sorriso, mas ao que se assistiu foi a uma imitação pobre daquele Sporting de má memória.
O árbitro não ter ajudado (penálti claro sobre Ronaldo) não é desculpa para a exibição paupérrima de jogadores que estavam, supostamente, à espreita de um lugar no onze inicial. Efectivamente os que estiveram bem (Ronaldo, a quem mais uma vez foi difícil ser servido pelos colegas, Palhinha e Diogo Costa, que não teve culpa alguma nos golos sofridos) foram os que são titulares. Bom, não sei se para o espanhol é titular, mas adiante. Todos os restantes desperdiçaram a oportunidade que lhes foi dada. Mau para eles e mau para a selecção.
Quanto ao treinador, aconselhava-o a, depois do Euro, fazer um estágio intensivo em Alcochete, para perceber como se joga em 3-4-3, se é esse sistema que quer levar para o apuramento para o Mundial. Achei alguma piada à análise que fez ao jogo, quando disse que "perder prepara melhor a equipa psicologicamente". Eu cá não sou do ramo da psicologia, nem tenho loja aberta à análise a grupos de risco, mas dá-me a ligeira impressão que uma dinâmica de vitória é bem capaz de ser melhor. Até parece que perdeu de propósito. Olha, ontem só me lembrei de Fernando Santos, com ele pelo menos empatávamos!