O fado do Marceneiro
Sérgio Marceneiro Conceição, o homem e o seu fado.
Todos nascemos com o destino, o fado traçado na palma da mão. Todos menos Corto Maltese, o marinheiro maltês pegou numa navalha e ele próprio desenhou a linha da vida na sua mão, anavalhou o seu destino.
Marceneiro Conceição fez o mesmo não com uma navalha, com um beijo.
Não sabemos se o Rubiales da circunvalação consentiu o beijo, parece-me forçado, parece-me agarrado, parece-me uma pessoa de meia idade a beijar, à força, um velho.
Ficou a atitude, um assalariado de um clube, une o seu destino a um candidato. "Este é o meu candidato, este é o meu presidente se ele perder não volto a treinar o FC Porto".
É o que nos diz aquele beijo.
André Villas-Boas, se vencer, não tem condições nenhumas para manter Sérgio Marceneiro como treinador, foi o treinador que escolheu ser o treinador de Pinto da Costa, não o treinador do FC Porto.
Vou aguardar com tranquilidade o resultado das eleições no clube nortenho, esperando que quando houver um vencedor, todos, todos, todos, saibam estar à altura das responsabilidades, que saibam sair de cena com dignidade.