Ontem, ao assistir a mais um programa de debate desportivo, dou de caras com a tradicional conversa da treta de quem representa os nossos adversários. A questão que levantavam, entre sorrisos trocistas, centrava-se no facto de para eles ser incompreensível que o Sporting, que faz tanto alarido sobre o aproveitamento de jogadores oriundos da sua formação, ter este ano contratado jogadores vindos de outros campeonatos e muito jovens. Era um contra-senso, diziam eles entre muitas risadas, afinal o projecto da actual direcção não se centrava no aproveitamento da formação, sendo este discurso considerado apenas como verbo de encher.
Tivéssemos nós algum representante neste programa, esta ridícula questão era desmontada em segundos. Seguindo o post do Pedro Correia, há que entender o seguinte: não há nenhum clube que aspire a ser favorito nas competições que disputa valendo-se apenas da sua formação. Não há nenhum contra-senso entre aproveitar os jovens da formação e contratar jovens de outros clubes. Chama-se a este facto ter uma boa equipa na formação de grandes jogadores na nossa academia e ter também um excelente departamento de olheiros, para descobrir potenciais grandes jogadores noutras paragens. À semelhança do que faz o Barcelona por exemplo.
Mas para estas cabeças iluminadas, uma espécie de fazedores de opinião há anos instalados em diversos programas de debate desportivo, o raciocínio, a existir, serve apenas para alvitrar teorias sem nexo, na tentativa de menorizar o Sporting. Devem ser umas cabecinhas iluminadas a energia renovável, produzida por estrume que lhes sobe à tola.