O estado do futebol português
Perante o caso dos mails, o benfiquismo tem reagido sobretudo de duas maneiras:
1) Aquilo não é nada. Quem assim responde são os "cartilheiros" ou, então, são os crédulos (nos cartilheiros) em estado de negação. Note-se que mesmo o caso do bruxo Nhaga, que é usado pelo cartilheirismo para desvalorizar as revelações tripeiras, é bastante sério: se eu fosse accionista da Benfica SAD (cruzes credo!) não gostaria nada de ver usada aquela quantidade de dinheiro em bruxaria. Não sou advogado, mas pergunto-me se não se tratará mesmo de um caso de gestão danosa. Isto assumindo que estamos a falar realmente de bruxaria e não de linguagem cifrada para outro assunto qualquer.
2) O que o Benfica faz todos fazem, seguido de um choro copioso sobre o "estado a que chegou o futebol português". Estes não são cartilheiros e são forçados a admitir que há ali gato (ou galinha). Também têm graça: até o Porto ter começado com as suas revelações, viviam encantados com o estado do futebol português. Afinal, aí estava o Benfica como há muito não se via. Os outros eram queixinhas, que "jogassem à bola". Antigamente, era tudo uma roubalheira do Porto. Agora, já "são todos iguais". É evidente que esta lamentação genérica significa uma coisa muito simples: deixar tudo como está. O problema pode ser genérico (não sei se é e, sendo, de que maneira se distribuirá pelos vários clubes), mas neste momento os indícios apontam só para um lado. Não precisamos de carpideiras sobre o estado do futebol português. Precisamos é de esclarecer isto bem esclarecido.