O dia seguinte
Hoje no Jamor não tivemos o Sporting campeão nacional 2024, foi mais o Sporting 4.º classificado em 2023 que entregou ao Marselha os dois jogos da Champions. Só assim se entende termos perdido a Taça de Portugal perante um adversário que tem um óptimo guarda-redes e o resto pratica um futewrestling muito eficaz para cavar faltas e penáltis, condicionar arbitragens e forçar decisões favoráveis. O cerco que montaram ao árbitro ao intervalo foi miserável e esteve à vista de todos. Treinador expulso, mas isso é normal. O tal bandido referido pelo nosso presidente expulso de presidente pelos associados do clube mas que recusou largar o tacho e as compensações, chorou (de quanto vai ser o último cheque?), reveu-se no desfecho.
Três lances foram decisivos na entrega da Taça:
1. Por volta dos 30 minutos, com1-0 no marcador e por cima do jogo, Catamo falha a intersecção duma bola alta, assistindo o ponta de lança do Porto para o golo.
2. Logo a seguir, duma bola lançada em profundidade, St. Juste arrisca ir atrás daquele palhaço do Porto que faz um número de circo de nota tão elevada que logo o Veríssimo aproveitou para decidir o jogo. A falta é mais que discutível, o lugar depende de que falta estamos a falar, entre livre e expulsão e penálti sem expulsão, foi marcado o pior para o Sporting.
3. Já no prolongamento, dum lançamento em profundidade em direcção à linha de fundo, Diogo Pinto arrisca a saída, acerta no adversário e estraga tudo o que de bom tinha feito até ali.
O resto resume-se à luta inglória do Sporting perante um adversário a jogar em superioridade numérica, sempre a jogar pelo seguro e no desgaste, e com o conforto de lhe terem oferecido as chaves do encontro.
A festa dos campeões que se prolongou esta semana na CML ajudou a este desfecho? Não faço ideia. As três situações atrás referidas resultaram de erros individuais. Como nos tais dois jogos com o Marselha. E nem Catamo, nem St. Juste, nem Diogo Pinto entraram com a rodagem / experiência daqueles que falharam nessa altura.
A convocatória e as justificações esfarrapadas do Martinez contribuiram para este resultado? Pelos vistos sim, Pedro Gonçalves e Trincão estiveram irreconhecíveis e Nuno Santos mostrou as insuficiências defensivas. Já o Conceição filho jogou, mergulhou e sarrafou cheio de moral.
Arbitragem? Coitado do Veríssimo, por muitas dúvidas que tenha no lance que ditou a expulsão de St. Juste não foi por ele que perdemos. Jogar contra o árbitro em reclamação constante não leva a lado nenhum.
Melhor em campo? Quaresma. Se calhar com ele em vez de Catamo no onze inicial tínhamos ganho o jogo, digo eu. Depois dele Hjulmand, Coates e Diomande.
Lição para o futuro? Só por milagre ganharemos alguma coisa sem um grande guarda-redes que faça a diferença. Ok, aconteceu este ano. Então é porque foi mesmo um milagre.
E agora? Passado o efeito do champanhe do título e provado o vinagre de hoje, é tempo de descansar e depois reflectir sobre o que correu melhor e pior esta época e projectar a próxima, uma época de Champions que começará com a Supertaça contra o adversário de hoje. Para mim é claro que há que melhorar em alguns parâmetros, mas isso é tema para outros posts.
SL