O dia seguinte
No segundo jogo do ciclo infernal o Sporting venceu o Benfica por 2-1, para a Taça de Portugal, e o Atalanta perdeu por 0-4 com o Inter em Milão depois do empate com o Milan no fim de semana passado. Domingo temos o Sporting-Farense e o Porto-Benfica e o Atalanta-Bologna, depois o Sporting-Atalanta, enfim é muito cedo para cantarmos de galo e andarmos aos olés nas bancadas. Desta vez as claques muito mal a criarem um ambiente de bazófia que deu no que deu, um golo contra, outro logo a seguir, felizmente invalidado.
Uma primeira parte de domínio completo pelo Sporting, vulgarizando o Benfica, e onde o golo do Pedro Gonçalves de cabeça soube mesmo a pouco, muito por culpa da dupla Catamo-Edwards que falhava na definição tudo o que de muito bom criava.
Uma segunda parte onde o Sporting continuou no mesmo registo. Marcou o segundo golo e não teve a lucidez ou a capacidade de comando para congelar o jogo, antes deixou-o partir, desgastando-se sem necessidade, desperdiçando à frente e concedendo enfim oportunidades atrás.
O Benfica pode não jogar um piço, mas tem jogadores de grande classe a quem não se pode dar abébias. Como o Di Maria. E foi ele que do nada tirou um centro de excelência que deu golo, e pouco depois uma incursão seguida de remate que deu outro, felizmente anulado. Porque se não tivesse sido, o Sporting ia passar mal. A quebra física da equipa, a começar pela dupla do meio-campo, era evidente.
Com Catamo a arrastar-se em campo entrou Esgaio, cheio de força mas a acumular disparates indignos dum jogador com o seu curriculum.
Depois veio uma tripla substituição que me pôs os cabelos em pé. Realmente é preciso tê-los no sítio para a fazer aquilo contra o Benfica ou então sou eu que ainda estou traumatizado pelos últimos minutos na Luz, mas a verdade é que os jogadores que entraram ajudaram o Sporting a crescer no campo, e aquele remate do Nuno Santos merecia ter sido golo validado.
Melhor em campo? Hjulmand, evolução incrível do dinamarquês com Rúben Amorim.
Arbitragem? No essencial esteve muito bem. E o VAR ainda melhor. Deixou jogar, desvalorizou cargas, foi moderado nos cartões. Se não fosse o fora de jogo o penálti marcado a Edwards deveria ser revertido, a simulação foi por demais evidente na TV.
E agora? Domingo em Alvalade para marcar cedo e passear o resto do tempo. Quem não gostar, paciência, reveja alguma goleada anterior na Sporting TV.
E que o Porto ganhe no Dragão. Não joga um piço mas o Benfica também não, o treinador é um carroceiro agora armado em calimero, isso é verdade, mas Herr Schmidt já interiorizou o espírito lampião, sempre os maiores do mundo e arredores ganhando ou perdendo, quando perdem são os árbitros que não conseguem entender tal grandeza. E ganhando pelo menos os Super-Dragões não lhe assaltam a casa e o enchem de pancada como fizeram ao zelador do Villas-Boas. Não lhe quero tamanho mal assim.
SL