O dia seguinte
Foi claramente uma vitória magnífica do Sporting no Bessa, dias depois de defrontar na Polónia o campeão local num batatal lá do sítio com menos um quase todo o jogo, num dos estádios de piores recordações para os Sportinguistas (só mesmo o do Benfica e o do FC Porto o superam), perante uma boa equipa da Liga que tinha derrotado o Benfica nesse estádio, com um relvado também muito castigado pelas chuvas, se não era um batatal não faltava assim tanto.
Uma vitória apenas explicada pelo momento duma equipa do Sporting a crescer de jogo para jogo, com um Catamo a ala direito de pé esquerdo, aposta com que poucos ou nenhuns a( começar por mim) concordariam, mas a dar laivos do Porro na saída de bola a partir de zonas recuadas, com um Hjulmand a ser 90 e tal minutos o patrão do meio-campo, e com o Messi do Sporting a demonstrar mais uma vez (e só quem não vai ao estádio é que não percebe o que ele corre em campo) que é o "Pote de Ouro" da equipa. Claro que depois disso o trio defensivo esteve impecável, com Coates primeiro e St. Juste depois, e todos os outros estiveram em bom plano.
Apenas explicada porque do outro lado esteve um Boavista que fez um grande jogo, sempre procurando circular a bola depressa e com critério, e dessa forma cair em cima da nossa defesa. Tem um ponta de lança muito interessante e que por alguns centímetros não pôde festejar um grande golo. Felizmente a estrelinha da sorte esteve do lado do Sporting.
Pontos negativos apenas vi alguma falta de articulação entre o tridente ofensivo Edwards-Gyökeres-Pedro Gonçalves, que entre eles podiam ter resolvido o jogo bem cedo, e a forma como o Nuno Santos "oxigenado" entrou em campo e lá continuou. Talvez voltar à cor natural seja a melhor opção. O prémio já lá vai, a selecção também, e há muito para ganhar no Sporting.
Quem dizia que para ganhar no Bessa era preciso atitude, comer a relva, etc, etc, pois ganhámos sabendo fazer exactamente o contrário: temporizar na defesa e acelerar no ataque, evitar entrar à queima e fazer faltas. Ou seja, soubemos ser competentes e não entrar no tipo de jogo que apenas iria favorecer o adversário, ainda mais com um árbitro manhoso e na pré-reforma, que vê o que quer e apita o que lhe apetece.
Melhor em campo? Hjulmand, o patrão do meio-campo, fundamental para a vitória.
E agora? Ganhar ao Farense, quinta-feira em Alvalade. E depois ao Arouca, e depois aos polacos, e depois ao Benfica, e depois...
PS: Vi o jogo no topo norte no meio das duas claque não legalizadas e demais Sportinguistas, umas filas atrás dos encapuzados das tochas que se empoleiraram nos painéis à vista de todos, macacos brancos e capuz verde e branco, e dos polícias spotters e responsáveis do corpo de intervenção ali ao lado. Alguém dali veio falar com o "capo" da Juveleo de serviço ao intervalo, e a segunda parte decorreu sem problemas. Mas afinal existe alguma lei e a polícia tem de intervir na defesa da lei (mas existe lei sobre a pirotecnia ???) e captura dos infractores ou é tudo para inglês ver e a polícia ignorar? Francamente, não entendo. Ou se calhar sim... quantos polícias foram mobilizados para o Bessa e pagos para o efeito? Para quê estragar o negócio?
SL