O dia seguinte
Foi uma primeira parte estranha. Do encaixe entre o 3-4-3 do Sporting e o 5-3-2 do Vizela com a linha defensiva bem subida no campo resultou o domínio da equipa adversária no meio-campo estrangulando o nosso jogo, mas através de bolas longas colocadas atrás da linha defensiva conseguimos cinco oportunidades claras de golo contra uma do adversário.
Paulinho acertou na cabeça do guarda-redes numa, falhou o desvio noutra a passe de Trincão, penteou para Trincão ver a bola passar noutra. Trincão falhou duas vezes frente ao guarda-redes adversário.
Quando o desperdício é tanto, o resultado costuma ser a derrota.
Com 0-0 ao intervalo, impunha-se retirar os dois interiores que estavam num dia negro e colocar mais um médio libertando Pedro Gonçalves das funções que apenas o prejudicam. Foi isso que Rúben Amorim fez, primeiro com Morita e depois com Arthur Gomes. E logo o Sporting começou a chegar com a bola controlada à àrea adversária. Dum lance de Arthur surgiu o golo de Pedro Gonçalves, que já tivera uma ocasião de golo cortada por um adversário.
Pouco tempo depois Paulinho, isolado, acertou no poste. A equipa relaxou demasiado, foi deixando o tempo correr, pondo-se a jeito para a falta de vergonha dum árbitro "dourado" que interceptou uma bola dum jogador do Vizela que viria ter a um jogador do Sporting, a equipa ficou à espera do apito que não surgiu, o Vizela aproveitou para centrar e marcar.
Tudo o que poderia correr mal estava mesmo a correr, o fantasma do Murphy pairava em Alvalade.
Foi então que Amorim, com a vitória estupidamente comprometida por erros próprios e pelo portuense irmão do outro que o nomeia, puxou da cartada kamikaze, tirou dois dos melhores em campo, Ugarte e Pedro Gonçalves, para pôr em jogo dois "passarinhos", Tanlongo e Chermiti.
Previa-se o pior, até porque a Juveleo foi aproveitando para cantarolar o "joguem à bola, joguem à bola...joguem à bola, joguem à bola... " (e depois queixam-se que os jogadores não vão lá agradecer o "apoio"), e quando entrou St.Juste para pôr Coates a fazer dum Bas Dost que não existe nem se equaciona a compra, então parecia ser mesmo o fim, e mais um dia de vergonha para o Sporting em Alvalade.
Já assisti a tantos que seria apenas mais um.
Mas não. Mesmo no final duma confusão na área contrária Paulinho surge agarrado à cabeça, o apitador irmão do outro que o nomeia para estas encomendas ignora, o VAR chama-o ao monitor e lá é forçado a engolir o apito e marcar o penálti. Além do pontapé na cabeça de Paulinho ainda tinha havido um agarrão a Coates.
E assim o Sporting conquistou 3 pontos que inacreditavelmente ia conseguindo desperdiçar.
Melhor em campo? Porro, sempre a perceber o que tinha de ser feito e a marcar muito bem o penálti.
Pior em campo? O apitador "dourado" que nunca mais é reformado com justa causa. Além do lance do segundo golo, aquela falta marcada a Coates pelo teatro do Bruno Wilson é de bradar aos céus. Só espero que não vá fazer companhia ao irmão na nomeação dos árbitros. Pode ir fazer palestras aos jogadores do Porto como aldrabar os árbitros como ele.
PS: Primeira vez que vi jogar Tanlongo, parece ser outro Ugarte, gostei. Chermiti já conheço, atributos físicos de eleição mas muito para evoluir.
SL