O dia seguinte
Ontem em Alvalade foram quase dois jogos no mesmo, antes e depois da entrada de Paulinho.
O antes foi uma demonstração plena das "virtualidades" do ataque móvel, golos falhados para todos os gostos, falhas defensivas por querer atacar a partir de trás, Marsà diminuido fisicamente por uma falta anterior, sai a uma bola que não era dele, a bola entra no ponta de lança adversário e pelo menos teve a inteligência necessária para não fazer falta, porque seria expulso. E nem regressou do intervalo.
O depois foi um vendaval de futebol ofensivo sob o comando de Paulinho, Edwards acordou da soneca, Pedro Gonçalves libertou-se e Porro e Nuno Santos partiram aquilo tudo. Até Nazinho ia marcando de pé contrário. E as bancadas reagiram de pronto ao que acontecia no relvado. Um final de festa, depois da maior angústia ao intervalo.
Um jogador não vale apenas pelo que faz, vale pelo traz à equipa, pelo que permite aos outros fazer. E como se viu, ao lado dele, a jogar solto e rotativo como fez hoje e não como um inutil pinheiro, todos os outros lá na frente jogam bem melhor, e os lá de trás tem outro tipo de protecção.
Melhor em campo ? Se formos a olhar para os 90mn, Nuno Santos, com Porro logo a seguir. Mas pela importância no resultado final, obviamente o Paulinho. Foi ele que deu a volta ao texto.
Arbitragem medíocre dum árbitro arrogante e medíocre, o não parar o jogo quando o Marsá estava caído depois duma falta para amarelo, o que deu uma hipótese de golo ao Casa Pia, a entrada a varrer por trás sobre o Paulinho sem falta nem cartão, são dois exemplos do festival da asneira que deu hoje em Alvalade. Se calhar quis compensar no final, com o jogo resolvido, não marcando penalti num lance duvidoso com o Chico Lamba. Não aprendeu nada desde a expulsão do Ristovski em Setúbal já lá vão 4 ou 5 anos, é mais um com alergia ao Sporting.
Concluindo, ganhámos, ficámos a 3 pontos dos segundos, e depois se vê, que esta semana temos a Champions.
Algumas questões para o grande treinador Rúben Amorim :
1) Se até o Guardiola se rendeu ao ponta de lança Haaland, se o Bayern anda com saudades do Lewandowski, porquê insistir neste tipo de jogos (a Champions é um caso à parte) num ineficaz ataque móvel que desequilibra defensivamente a equipa, vive à conta da inspiração de momento de três jogadores muito iguais, e precisa de muitas/demasiadas oportunidades para marcar um golo ?
2) Se tivesse de escolher três jovens da equipa B além de Marsà para este jogo não iria escolher exactamente estes. Não que eles tenham estado particularmente mal, mas hoje por hoje existem lá outros que estão com outro rendimento e que muito poderiam ajudar esta equipa.
SL