O dia seguinte
Depois da brilhante vitória de terça-feira na Champions a moral dos Sportinguistas bateu no tecto, o que para quem como eu, que conheço bem este clube, só pode querer dizer que o desastre estaria próximo. Se calhar por isso não publiquei nenhuma antevisão sobre este jogo no Bessa. Tudo o que tentei escrever me soava a "wishfull thinking" passando ao lado das questões estruturais que tenho aqui levantado.
Com o Pinheiro no apito só podiamos esperar o que tivemos, um toque infeliz no avançado boavisteiro que logo o motivou a desistir do lance e a ensaiar a queda n.º 5 modelo Petit, sem hipótese de reversão pelo VAR porque o toque existiu tal como existiu sobre o Galeno no jogo com o Braga em Alvalade em que o mesmo Pinheiro como VAR esteve uns bons minutos a convencer aquele árbitro lisboeta que depois indicou ao filho do Conceição que era bom era para o mergulho que aquilo tinha sido mesmo penálti. Ainda hoje ele deve agradecer ao carissimo "colega" a grande ajuda que lhe deu para adulterar o resultado dum jogo.
Pelo cansaço de terça-feira e pela presença do futuro "dragão de ouro" e se calhar com direito a estátua no museu dos "dragões", o tal Pinheiro, o Sporting precisaria de recursos dentro do plantel para entrar com um onze diferente, com maioria de jogadores frescos para disputar um jogo que se antevia muito dificil num campo pequeno e ainda para mais castigado pelas recentes chuvadas.
Entrando com o mesmo onze de terça-feira, claramente o Sporting se pôs a jeito para o que veio depois. Faltou sempre um pouco mais aos nossos para mandar no jogo e cortar as vasas aos adversários, tudo era feito mais em "cruise control" do que com a manete das mudanças nas mãos, e depois dum improvável "chouriço" sofremos o primeiro golo, da Pinheirada atrás descrita o segundo.
Pouco mais de interessante para o Sporting teve o jogo: um golo bem anulado por fora de jogo, um cruzamento de letra de Nuno Santos que convidou Edwards a um belo golo, uma balão de Trincão que foi à trave, tudo o resto foi para a frente, frente, frente, para trás, trás, trás, um jogo partido sem controlo ou comando.
Claro que quando perdemos podemos questionar tudo, a começar pela cor das camisolas e acabar pela fixação de Amorim no Esgaio como defesa a substituir um lesionado Coates em vez dum Marsà ou dum Alcantar, já que St.Juste e Neto estão lesionados também. Ou pela ausência de alternativas "prontas" para Ugarte e Morita, já que Sotiris ainda está em aprendizagem. Ou porque não entraram logo em campo os dois heróis da terça-feira, Paulinho e Arthur Gomes, o primeiro para bloquear os três defesas centrais adversários, o segundo para ser o "abre-latas", que Edwards não tinha pilhas depois do jogo contra o Tottenham. Ou até um Fatawu, que pela sua imprevisibilidade muito podia baralhar as ideias de Petit.
Podemos questionar tudo mas não vale a pena. Perdemos mais 3 pontos na Liga muito por nossa culpa, e isso não é nada bom. Cabe ao nosso excelente treinador Rúben Amorim reflectir sobre este início de temporada agora que vai ter tempo para isso, o bom e o mau que aconteceu, e introduzir os ajustamentos necessários.
E já agora adianto dois: não mais Esgaio como defesa central, não mais Coates como avançado residente.
SL