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És a nossa Fé!

O dia seguinte

Em Alvalade a cores e ao vivo e depois revendo pela TV com os comentários de alguém que sabe ver o jogo pelos olhos dum ex-praticante, sem palas clubísticas nem estúpidas vaidades que servem apenas para esconder a ignorância, o ex-defesa esquerdo do Benfica, o Pedro Henriques, o que posso dizer é que foi mais um confronto de pré-época muito bem conseguido.

Entre Vilarreal, Roma e agora Sevilha, o Sporting encontrou adversários de nível Champions / Liga Europa com um futebol próximo daquele que é praticado na nossa Liga e que puseram a nu as suas limitações em termos de plantel e desempenho individual e obrigaram os jogadores a suplantar-se. No final das contas, foram dois empates e uma vitória. Após o próximo confronto com o Wolves, penso que ficaremos em condições de entrar nos jogos a doer com o pé direito.

 

Talvez o clube mais próximo do FC Porto em Espanha seja o Sevilha. É um clube regional, com grande "aficción", grande cobrança em termos de atitude em campo, grande competência nas competições europeias.

Claro que não passa pela cabeça do Sevilha sonhar no controlo da Federação, da arbitragem espanhola, a fruta e o chocolate andaluz se calhar não têm o mesmo efeito, além dos dois grandes da capital existem o Barcelona, o Desp. Corunha e o Atl. Bilbau, enfim de Portugal a Espanha vai uma grande distância. Nenhum idiota presidente de Real Madrid e Atlético de Madrid morre de amores pelo Sevilha, por muito bom que seja o "solomillo" local.

Mas ontem, com Lopetegui, Fernando, Torres e Corona, parecia que era o FC Porto do outro lado, o que ainda tornou mais amarga a primeira parte, onde fomos completamente trucidados pelo tikitaka do Sevilha. Claro que a lesão de Ugarte logo a abrir o encontro contribuiu para isso, o meio-campo deixou de existir, e toda a equipa ficou desorientada, um pouco como aconteceu em Alvalade contra o Ajax na época passada com a lesão de Inácio.

O Sevilha fez o que quis, defendeu, controlou e atacou com perigo embora sem eficácia nos finalmentes. 

Foi uma primeira parte do pior da era de Rúben Amorim, digamos que era motivo para saírem os onze e entrarem outros onze, se não houvesse o problema de... onde estavam outros onze de valor idêntico?

 

Amorim fez a coisa certa. Perante um Sevilha a fazer descansar os titulares, apostou nos seus, a equipa correu mais, pressionou mais, a inferioridade numérica no meio-campo deixou de ser notada, os espaços começaram a existir e o empate aconteceu num grande remate de Paulinho solicitado por um ainda melhor passe do Pedro Gonçalves.

Depois veio a marcação dum penálti a favor do Sporting justamente revertido após advertência do VAR, só é pena que o sr. árbitro não tenha visto e marcado penálti em dois lances da primeira parte onde o contacto existiu. De certeza que não seriam revertidos.

Terminado o jogo empatado, vieram os penáltis muito bem marcados por um lado e outro, até Fatawu quase partir a trave com a potência do remate. Temos ali um ala esquerdo de excelência, vamos com calma que ele ainda só tem 18 anos, mas para marcar penáltis...

 

Este jogo demonstrou uma coisa: Pedro Gonçalves pode voltar às origens, mesmo que pouco acerte nas balizas actualmente, e ser um médio de excelência. E com isso ajudar a resolver o grande problema existente no meio-campo do Sporting com a saída de Palhinha, a lesão de Bragança e a cabeça à roda de Matheus Nunes.

 

Melhor em campo? Para mim, Gonçalo Inácio que esteve muito bem e evitou piores males. 

Prémio de resiliência? Tabata, largos minutos a aquecer para apenas render Paulinho a 10 minutos do fim ainda marcar um penálti de forma irrepreensível.

Prémio da melhor raça argentina? Acuña. Paulinho estava no chão, mas quem tinha obrigação de parar o jogo era o árbitro. Os dois que disputavam o lance, Trincão e Acuña, olharam para o árbitro, ele nada fez, Trincão continuou a olhar, Acuna seguiu a jogar, completamente no seu direito. Depois vieram as bocas, ele reagiu mal e armou-se a confusão.

O fair-play é uma treta, já dizia o JJ, apenas serve para premiar os batoteiros e é mais uma prática estúpida do futebol português. Para mim esteve muito bem Acuña em prosseguir com o lance e muito mal Trincão em alhear-se do mesmo. Depois foi o depois. Mais uma vez e depois do que aconteceu com o Rui Patrício as claques envergonharam o clube, a insultar a pobre senhora mãe dele. Mas enfim, são as contas do assalto a Alcochete para saldar, enquanto o presidente dessa altura já partiu para outra e confessa que agora consegue mergulhar graças ao novo amor.

Mas com Acuña e depois daquela cena da emboscada da seita do Sérgio Conceição (penso que com Corona em plano de destaque) no Dragão para colocá-lo fora da final da taça que seria uma semana depois, ele ter conseguido aguentar-se à bronca, chegar ao Jamor e centrar para o golo de Bas Dost e levar o batoteiro mal educado a fazer aquela triste figura na tribuna, eu não consigo dizer mal do homem, até acho que o Sporting devia procurar urgentemente na Argentina dois ou três iguais a ele. Ou no Uruguai dois ou três iguais a Ugarte, já agora. Gosto muito do rapaz, embora como o Coates e o próprio Acuña sejam viciados em erva (no caso o mate). Um destes dias provo a mistela.

SL

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