O dia seguinte
Perante uma equipa do Arouca treinada por alguém com a mesma ideia de jogo de Rúben Amorim, o Sporting, com um onze diferente do titular, até entrou muito bem e procurou explorar a profundidade proporcionada pela linha defensiva subida do adversário.
Os primeiros 10 minutos foram de sucessivas vagas de ataque só travadas pela bandeirinha do fiscal de linha, como aconteceu no golo anulado a Sarabia. A anulação do golo por escassos 10 cm foi mais uma martelada que muito custou à equipa digerir.
Como também custou o amarelo completamente descabido a um Essugo que ganhou o lance de forma limpíssima. Mais uma demonstração de incompetência arbitral, para ser simpático, ou então de ideia corporativa preconcebida para agradar aos donos e tramar o concorrente Sporting. Que depois foi continuando jogo fora, não sabendo gerir a lei da vantagem, com incoerência total na avaliação do jogo duro, deixando a ideia que podia estragar o encontro à primeira oportunidade, como aconteceu depois, já quase no fim do jogo, nesse caso a desfavor do Arouca com Alan Ruiz (o irmão também veio desta vez?), felizmente travado pelo VAR.
Os últimos 15 minutos da primeira parte foram penosos para o Sporting. Com Essugo limitado, Coates justamente amarelado e o jogo a não fluir pelos corredores, com os dois alas (Esgaio e Vinagre) francamente mal, mas também Sarabia e Nuno Santos a acumular passes errados.
Veio o intervalo, Rúben sentiu o perigo iminente e fez o que era preciso. Saíram o injustiçado e amarelado juvenil Essugo (está ali outro Nuno Mendes em potência, capacidade física, técnica, inteligência, humildade, a caminho duma brilhante carreira, vai valer muitos milhões), e os ineficazes Esgaio e Vinagre. Entraram Porro, Ugarte, Paulinho e tivemos uma das melhores partes da época.
Futebol de tracção à frente, com um Slimani a lembrar os seus melhores tempos, Paulinho e Sarabia a assistir na perfeição, Porro e Nuno Santos a rasgar, Ugarte e Matheus Nunes a alimentar, o que logo deu frutos com um bis de Slimani.
Se o 1º golo foi mesmo à ponta de lança no seguimento dum canto do Porro, o 2º golo foi um tratado de contra-golpe, Nuno Santos-Paulinho-Nuno Santos-Slimani, com um Paulinho bem solto a fazer o que mais gosta. E toda a 2ª parte foi de domínio total e completo do Sporting, Paulinho estoirou na trave, Slimani falhou o "hat-trick" por poucos cms, e mais ocasiões aconteceram para aumentar o score.
Não há dúvida de que o regresso de Slimani foi excelente. Com Pedro Gonçalves, Paulinho, Slimani e Sarabia ficámos com diferentes formas de formar o tridente ofensivo característico do 3-4-3 de Amorim, todas bem interessantes. E com isso orientar Nuno Santos e Tabata para outro tipo de funções, mais nas alas, com Edwards a ser o "furão" adequado para determinados jogos.
Matheus Nunes fez um belo jogo mas podia ter rematado melhor em duas ocasiões, Ugarte entrou muito bem, Adán foi o abono de família do costume, toda a defesa esteve muito bem, mas o melhor em campo foi o mesmo o em boa hora regressado Slimani. O nosso leão da Argélia.
#JogoAJogo
SL