O dia seguinte
Bom, foram onze de cada lado, os que entraram em campo, e no final ganhou a Alemanha. Até aqui nada a dizer. Quanto ao resultado, foram 2-4, podiam ter sido 3-4, 4-6, 5-7, qualquer coisa assim, ia pelo meio da segunda parte aquilo já parecia um jogo de futsal de onze...
Jogar contra uma Alemanha sempre intensa e objectiva nunca será tarefa fácil mas também nunca a fizemos tão difícil devido a uma abordagem ao jogo completamente desadequada, ia a dizer simplória, por duas questões principais:
1. Um 4-4-2 desadequado relativamente ao que o encontro pedia, com dois tristes trincos a ver jogar, dois falsos médios-alas e dois laterais medíocres a defender, que a Alemanha aproveitava da melhor forma para atrair por um lado e acelerar pelo outro, transformando o nosso lado direito numa autoestrada sem portagem.
2. Muitos jogadores sem condições físicas para jogarem a este nível, fruto de lesões ou épocas tremendamente degastantes, daí uma equipa que não conseguia pressionar nem ganhar bolas a meio-campo. William parecia ter idade para ser pai do Pepe, Danilo na segunda parte parecia um touro acabado de lidar. Devem ter ido para o hotel em cadeira de rodas. Mas Bruno Fernandes e Bernardo Silva foram completas nulidades, andavam por ali sem saber o que fazer, ninguém diria que são quem sabemos.
Depois obviamente que houve um grande Rui Patrício, um grande Pepe, Rúben Dias esteve bem, o Cristiano foi Cristiano, o Jota também, o Sanches demonstrou que não pode mesmo ficar de fora. Mas... e o resto? O ensaio geral contra a Hungria, resultado à parte, não serviu para nada. Com este onze nem a Nossa Senhora de Fátima nos evita uma derrota pesada com a França.
No final disto tudo a minha admiração por Rúben Amorim é cada vez maior. Muita coisa que a Alemanha faz naquele 3-4-3 com dois alas costa a costa o Sporting já começa a fazer, falta-nos é mesmo um Toni Kroos...
SL