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És a nossa Fé!

O dia seguinte

Uma das verdades que existem no futebol, aquelas verdades que vem da experiência de muitos anos, e que ninguém com dois dedos de testa se atreve a negar, é que "Chegar lá acima é difícil. Manter-se lá em cima é muito mais difícil ainda". Poucos são aqueles que se atrevem a desafiar esta verdade e a reinvertar-se todos os dias, como o nosso Cristiano Ronaldo.

No final de Novembro já eu antecipava aqui que isto estava cada vez mais difícil. Na altura vários criticaram, ou porque era sinal de desconfiança na equipa ou porque era fazer de inteligente a antecipar futuro fracasso. 

Mas não era nada disso. Estou cada vez mais convencido da capacidade de Rúben Amorim, e da valia da nossa equipa, a questão é que simplesmente não podemos ir de VW Golf a competir com um Porsche (a empresa mãe é a mesma, o meu carro é doutra) numas "24 horas de Le Mans". Até podemos conseguir por um tempo, mas as peças não são as mesmas e vão cedendo e depois...  

O Sporting perdeu ontem dois pontos que claramente não devia ter perdido, mas entrou em campo sem ponta de lança de raiz, apenas com um avançado móvel de 18 anos a fazer que fazia (e no Benfica entraram Núñez e Sfererovic no Benfica e no Porto Marega e Taremi, com Tony Martinez e Evanilson no banco), com Porro, Quaresma, Plata, Pedro Gonçalves, Tiago Tomás sub-23, entraram depois Tabata e Jovane sub-23. Com quantos sub-23 é que entraram Porto e Benfica em campo? No Benfica conto dois, no Porto conto... zero.

É verdade que Pedro Gonçalves e Porro estiveram muito aquém do que tinham feito anteriormente e que lhes tinha permitido ganhar prémios de desempenho. Mas querem o quê? Sol todos os dias?

É verdade que Quaresma, Plata e Tiago Tomás jogaram muito menos do que vão jogar daqui a uns anos. Mas alguém pensaria outra coisa? Alguma vez o Ristovski ou o Bruno Gaspar em muitos jogos fizeram quatro assistências para golo como fez o Plata em dois jogos, um marcado, outro falhado em cima da linha por Sporar, dois falhados no remate?

Isto está cada vez mais difícil porque a equipa do Sporting é cada vez mais analisada e descodificada, e faltam os argumentos extra, que são a qualidade superlativa dum ou doutro. No tempo de Marinho, Yazalde e Dinis, ou de Quaresma, Jardel e João Pinto toda a gente sabia como jogavam, o problema é que faziam o mesmo de sempre e era golo ou perto disso. 

No Sporting de hoje, a equipa constrói desde trás, cria os espaços, circula pacientemente, procura a oportunidade, mas depois e muitas vezes... a referência não existe para colocar a bola, a cabeça paralisa e o passe não surge, ou o passe surge e é mal feito. A equipa contrária preenche bem os espaços críticos. E a posse e circulação de bola torna-se estéril, não resulta em oportunidades reais de golo.

O futebol de Amorim no Braga não era este. Falta o ponta de lança, falta a referência ofensiva, falta a dimensão extra do jogo aéreo (no último jogo tivemos Coates na hora da desgraça, neste até tivemos João Mário a fazer de Jardel ao segundo poste, só que em vez de acertar com a cabeça acertou com o ombro). Não acredito em futebol sem ponta de lança, como não acredito em andebol sem pivot. Quanto a futsal pouco percebo, não me pronuncio.

Além de tudo, e assim o Covid o permita, falta uma pausa para assentar ideias e lançar as bases para uma segunda metade da temporada que vá de encontro ao maior objectivo de todos, a presença na Champions no próximo ano.

A Taça da Liga neste contexto é mesmo para puxar pelos menos utilizados e poupar os mais desgastados, física e psicologicamente. Penso eu de que.

#OndeVaiUmVãoTodos

SL

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