O dia seguinte
Missão cumprida.
Frente a uma equipa italiana forte, dura e muito chata naquele homem-a-homem a todo o terreno, sem problemas em fazer faltas para amarelo dado que não vai continuar na prova, muito competente nos pontapés de canto, o Sporting teve muitas dificuldades em assentar o jogo e criar perigo de forma continuada.
A equipa voltou a entrar muito bem no jogo, num 4-2-3-1 com duplo pivot Hjulmand-Debast e Bragança solto atrás de Harder, conseguia ter bola no meio-campo e acelerar a partir daí por Catamo ou Bragança solicitando Harder na profundidade e criando ocasiões de remate. Mas veio um canto a favor do Bolonha e uma bola na trave, veio outro e uma bola lá dentro, a equipa acusou o toque e perdeu-se um pouco na segunda metade da primeira parte.
Veio a segunda parte e logo o choque que deu a lesão de Debast. Entrou João Simões, pouco depois Quenda, voltou o 4--2-4 com o adiantamento de Trincão, e o jogo tornou-se muito mais aberto, com ocasiões para ambos os lados. O Bolonha teve algumas mais pela ala Fresneda-Catamo, muito por culpa da "falta de pilhas" do moçambicano. O Sporting pelo outro lado, pelo trio maravilha (raça, entrega, talento, velocidade) Maxi-João Simões-Quenda. E foi por aí que surgiu o golo do empate numa bela jogada João Simões-Quenda finalizada muito bem por Harder.
Com o resultado finalmente favorável, a equipa soube gerir o jogo muito bem, fazendo circular a bola, continuando a pressionar alto, não permitindo ao Bolonha dominar o jogo e ter oportunidades.
Assim fomos apurados para a fase seguinte. Vamos encontrar um adversário familiar, espero que seja o Borussia Dortmund para poder voltar ao Iduna Park e à cerveja do "fan-zone". Mais Atalanta não, sff. Já chega.
E conseguimos isso sem os dois melhores jogadores do plantel: Gyökeres e Pote, nem Morita, com talvez a equipa mais jovem do Sporting de sempre na Champions ou mesmo na Liga Europa. Média de idades: 22,5 anos.
Israel (24), Fresneda (20), Diomande (21), Inácio (23), Maxi (24), Catamo (24), Hjulmand (25), Debast (21), Trincão (25), Bragança (25), Harder (19), J. Simões (18), Quenda (17), Matheus Reis(29).
Destes, quatro foram formados em Alcochete.
Uma equipa muito jovem, com tremendo potencial de crescimento. E no banco estavam vários colegas do João Simões e do Quenda, como o Eduardo Felícissimo que um dia destes estará ali a fazer o papel que o Debast fez hoje. O futuro do Sporting está assegurado.
Melhor em campo? João Simões. Foi ele que desbloqueou o jogo.
Israel fez uma belíssima defesa, Diomande esteve imperial como de costume (oxalá não haja Ramadão este ano). Fresneda melhora de jogo para jogo e ontem mais uma vez esteve perto de marcar. Inácio muito seguro. Hjulmand um senhor no meio-campo bem complementado por Debast. Harder aprendeu muito vendo jogar Gyökeres. Do trio maravilha já falei. Catamo começou bem, mas cedo encostou.
Arbitragem? Impecável, mantendo um julgamento uniforme, permitindo o contacto mas sabendo penalizar entradas por trás e faltas tácticas.
E agora? Descansar, recuperar e ganhar ao Farense.
SL