O dia seguinte
Derrota normal do Sporting em Alvalade embora por números exagerados perante um dos grandes ingleses, que não compromete os objectivos na Champions, que não deixou divorciar a bancada da equipa, mas que aborrece grandemente pela péssima primeira parte.
Francamente não me recordo de jogo algum em que Gonçalo Inácio ao minuto e meio de jogo já tenha oferecido três oportunidades claras de golo ao adversário. Que até ao intervalo, além dessas, tenha feito mais quatro intervenções falhadas embora menos graves. Com Maxi na ala do mesmo lado ainda em fase de aprendizagem, a falhar em posicionamentos e nas bolas paradas, e perante uma ala direita poderosa do Arsenal, mesmo com um Morita em regime de trabalhos forçados, foi um calvário até ao intervalo e o 0-3 era justo para o futebol apresentado.
Na 2.ª parte o Arsenal não abrandou a pressão mas o Sporting fez pela vida e depois dum remate perigoso de Morita que o guarda-redes contrário defendeu para canto, o tal pior em campo da 1ª parte marcou. A partir daí foi um jogo aberto com oportunidades claras para os dois lados. O Arsenal marcou as deles, o Sporting todas falhou, incluindo um remate na trave de Gyökeres. O resultado de 5-1 acaba por penalizar o desperdício ofensivo do Sporting na 2.ª parte.
João Pereira perde em casa por 1-5 na sua estreia na Champions, exactamente como tinha acontecido com Amorim anos antes frente ao Ajax, que não se compara com o Arsenal.
Que responsabilidade teve na derrota? Desde o modelo de jogo, ao onze inicial e mesmo às substituições, foi tudo "Amorim", no bom e no mau. Só sem a sorte que o criador da coisa teve contra o Man.City.
Agora claro que tudo pode ser posto em causa, que em vez do João Pereira devia ter vindo o Ancelotti, que devia ter sido chutão na frente em vez de sair a jogar pelos defesas, que deviámos ter jogado com três médios, que o Matheus Reis devia ter jogado em vez do Maxi, que deviamos ter feito como o Laje em Munique, 11 atrás da bola e só perder por 1-0, etc
Eu quero crer que perdemos um jogo mas (re)ganhámos a equipa depois da enorme perda que foi a saída de Rúben Amorim e todas as implicações da mesma que mexeram mesmo com a cabeça de alguns jogadores, Gonçalo Inácio à cabeça. Uma equipa unida, uma equipa oleada, uma equipa focada, ciente dos seus pontos fortes e das suas limitações. Com João Pereira a estar ao lado da solução e não do problema. Com o "lesionado crónico" St. Juste a ser um defesa de eleição. Os próximos jogos dirão se é assim ou não.
Melhor em campo? Morita, fez um trabalho incrivel a tapar buracos. Depois dele St.Juste e Quenda estiveram bem na ala direita, Hjulmand também se fartou de trabalhar no centro, Trincão e Gyökeres sem sorte a atacar, Diomande sem sorte a defender. Os suplentes que entraram pouco acrescentaram.
Arbitragem? O Arteta "mamou na teta", fez o que quis deste polaco. Cada fora ou canto demoravam minutos a serem marcados até o amarelo surgir ao guarda-redes e o fora mudar de mão já a meio da 2.ª parte, Diomande vê um amarelo sem ninguem perceber porquê e openálti é "à Taremi". O Arteta nada tem que ver com Guardiola, é um treinador da laia do Conceição, manhoso e trapaceiro. Tenho de ver se na Premier League proporciona também estas palhaçadas.
E agora? Não é preciso mexer no onze inicial para ganhar tranquilamente ao Santa Clara. A qualidade está lá, a confiança será outra e a sorte também.
PS: Entretanto o nosso misto sub19, desfalcado do João Simões que jogou em Alvalade, e a jogar no mesmo modelo de jogo 3-4-3 da A, derrotou na YouthLeague este mesmo Arsenal por 3-0 em Alcochete e segue em 2º lugar. Afinal, formar nas derrotas sempre funciona.
SL