O dia seguinte
O Sporting escorregou e muito em Eindhoven, Diomande saiu do estádio em muletas, Quaresma isolado estatelou-se no relvado e entregou ao bola ao guarda-redes, e assim só com muito esforço, dedicação e devoção dos jogadores conseguimos sair de lá com um ponto.
Curiosamente o Real Madrid-Sporting em feminino da semana passada foi mais ou menos a mesma coisa. O Rúben prefere treinar na véspera em Alcochete, abdicando de treinar no campo do adversário, se calhar a Mariana faz o mesmo. Depois existem as botas e os pitons, o tipo do relvado, a rega intensiva, etc... A escorregar sistematicamente é complicado jogar futebol.
Na 1.ª parte tivemos um PSV completamente adaptado ao relvado, a marcar em cima e a meter o pé no limite do amarelo. Morita e Hjulmand não existiam e os defesas tentavam meter a bola directamente nos avançados que estavam de costas para os defensores. Assim aconteceu o golo sofrido e as restantes oportunidades de golo do PSV.
Na 2.ª parte, o PSV deixou partir o jogo, foi criando oportunidades que poderiam ter resolvido o encontro, as substituições do Sporting ajudaram ainda mais a uma toada de bola lá / bola cá, e depois veio ao de cima a qualidade individual de Bragança. Um grande golo, a grande centro do também recem-entrado Maxi. Mesmo no final aquele remate de Harder podia ter-nos dado os 3 pontos.
Enfim, é a Champions, um nível completamente diferente daquele da Liga nacional, em que todos os adversários são fortes e apresentam armas para as quais não estamos preparados. E depois são as lesões sucessivas a castigar um plantel já de si muito curto para os objectivos da temporada. Em Eindhoven não estiveram Pote, Edwards e Matheus Reis, St. Juste foi de passeio, a adaptação de Geny a interior esquerdo falhou rotundamente, Bragança andou a fazer de avançado e perdemos por umas semanas o "comandante" Diomande.
Também é preciso ver a idade do onze apresentado, especialmente de alguns, como Debast, Quenda e Diomande. Os erros são inevitáveis. Têm muito por onde crescer.
Melhor em campo? Daniel Bragança, quem o viu e quem o vê, que evolução incrível dum jogador que perdeu um ano na carreira por uma grave lesão. Depois dele, Franco Israel esteve à altura dum guarda-redes do Sporting.
Pior em campo? Geny, incapaz de perceber o que a posição exigia.
Arbitragem? Excelente na distinção entre as entradas duras para ganhar a bola e aquelas para castigar o adversário.
E agora? Ganhar ao Casa Pia e recuperar os lesionados. Se calhar nesta fase é mais importante o médico do que o treinador...
SL