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És a nossa Fé!

O dia seguinte

Em ano de Champions, poucos dias depois do Lille e com vários lesionados no plantel, esta recepção do AVS em Alvalade foi perfeita. Início de jogo muito forte, oportunidades a acontecer  sem deixar o adversário respirar, um grande golo todo ele "nórdico" Debast-Hjulmand-Gyokeres-Harder, Trincão a falhar um golo certo, e Gyokeres mais uma vez a facturar antes do intervalo. Tudo isso com um jogo tremendamente competente, grande mérito da "coluna vertebral", Israel-Diomande-Hjulmand-Gyokeres.

E só pode ser assim, porque na 2.ª parte o desgaste fez-se sentir (Gyokeres à parte), o jogo colectivo passou a rasgos individuais, o AVS com equipa bem montada e organizada nunca deixou de lutar e meter o pé, as substituições serviram apenas para descansar os titulares e rodar os menos utilizados. E assim até Fresneda e Esgaio tiveram minutos que podem ser importantes mais tarde na temporada.

O resultado final foi 3-0 sem qualquer oportunidade de golo para o AVS e várias (muitas) para o Sporting dilatar o resultado.

 

Enfim, melhor do que isto nesta altura, e partindo do princípio de que Bragança e Trincão estejam bem, é impossível.

E se pensarmos na gestão do plantel, entre o Lille e o AVS entraram em campo todos os jogadores de campo do plantel não lesionados. Todos mesmo. Além destes só os da equipa B, alguns dos quais estavam no banco. O plantel é ou não curto? Bragança devia ter jogado hoje?

Melhor em campo? A jogar assim Gyokeres é sempre o melhor em campo, e nem vale a pena eu fazer a pergunta. Mas destacava o quarteto Israel-Diomande-Hjulmand-Gyokeres.

Arbitragem? O CA/APAF que venha explicar esta coisa da bola bater na mão dum defensor na grande-área. Se é conforme o árbitro, conforme o clube, ou conforme seja o que for que lhes vai pela cabeça. Fora isso, este árbitro foi incompetente na distinção entre jogo duro a disputar o lance e jogo faltoso para não deixar jogar, ou seja uma nulidade em termos internacionais e um perigo em termos da integridade física dos melhores jogadores, ou seja, dos jogadores do Sporting.

E agora? Recuperar as lesões e as mazelas. Porque o resto vem depois.

 

PS: Foi um domingo em cheio. No João Rocha a nossa equipa de andebol "amassou" a do Benfica por 38-22, repetindo a "cabazada" da Supertaça. Duas horas depois no Alvalade a nossa equipa de futebol ganhou tranquilamente por 3-0 ao AVS. E no intervalo lá tivemos no relvado a nossa equipa do andebol exibindo as taças conquistadas, Campeonato, Taça e Supertaça da época passada.

Conhecendo uma e conhecendo outra, é incrível a similitude e as coincidências. Desde logo treinadores "criados" nos rivais, que há muito perceberam as nossas fraquezas e muitas vezes ajudaram a nos derrotar, mas que tiveram a maior humildade em "vestir a camisola", em perceber o nosso ADN e tudo fazer para o potenciar. Depois a ideia de misturar "jovens lobos" identificados pelo scouting e avalizados pelos amigos aqui e ali, com internacionais experientes bem conhecidos, de forma a criar balneários unidos e um espírito de equipa muito forte, "onde vai um vão todos". Se formos ao pormenor, e deixando de parte a questão dos assombrosos filhos do Ricardo Costa versus a classe extra dum Gyokeres, a descoberta dum Diomande no Mafra ou a dum Moga no Varzim (?), a dum Pote no Famalicão e a dum João Gomes no Águas Santas, a promoção dum produto da formação como o Inácio ou o Salvador Salvador, os "sapadores" do plantel, os dinamarqueses/belgas/holandeses do futebol e os espanhóis do andebol,  muita coisa encontraremos de similar. Até posso adivinhar que Israel vai ser no futebol aquilo que Kristensen já é no andebol, oxalá que sim. 

Será que para ser um excelente (e estes dois devem ser os melhores das últimas décadas) treinador do Sporting é preciso ter sido jogador dos rivais?  Por diversos outros exemplos acho que não. Mas que parece ser um bom caminho para isso, lá isso parece...

SL

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