O dia seguinte
Grande exibição do Sporting ontem em Arouca, mesmo com seis alterações nas posições relativamente ao clássico, e mesmo depois dos compromissos das selecções.
Realmente para quem, como eu, pôde estar em Arouca nos últimos três anos, é impressionante a evolução desta equipa de Rúben Amorim, agora transformada numa máquina oleada que não dá hipóteses ao adversário. Bom, ontem deu uma, é verdade, aos 20 segundos do jogo.
A saída lenta a jogar de antes, que deixava o adversário a ver jogar "de cadeirinha", deu origem a um jogo de xadrez onde as peças vão trocando a bola ocupando o terreno e colocando o adversário a correr dum lado para outro em contínuo desgaste.
Depois o "trote" da construção depressa dá lugar ao "galope" em zonas mais avançadas no ataque à defesa adversária entretanto desposicionada.
Não é por acaso que a equipa não sofre golos há três jogos seguidos. É porque os adversários conseguem poucas ou nenhumas oportunidades de golo, tão focados estão em defender. Isto dando-se Amorim ao luxo de rodar os defesas. Cinco deles já alinharam como titulares.
Ontem a equipa valeu como um todo. O sueco estava em noite não, Nuno Santos não acertou um centro e até Trincão alternou o melhor com o pior. O melhor esteve no miolo com Hjulmand, depois Morita, e Bragança em grande nível. Cá atrás Debast fez um grande jogo ao lado de Inácio. Max entrou e no primeiro lance em que interveio fez uma assistência para golo falhado. Israel com presença de guarda-redes de equipa grande.
A única coisa de que não gostei foi o desperdício de contra-ataques rápidos em igualdade numérica. Sempre más decisões no último passe. Aquilo treina-se, como fazia o Waseige.
Melhor em campo? Bragança, que evolução.
Arbitragem? Mais do mesmo. No momento certo espeta o punhal.
E agora? O Lille, terça-feira em Alvalade. Jogo a jogo, é gerir o melhor possível o (curto) plantel.
SL